quarta-feira, 19 de abril de 2017

Aqueles que fazem a diferença...



Robson Sérgio, 31 anos, mora no bairro do São Gerardo, trabalha como técnico de gravação e edição de áudio há 7 anos, é casado a 1 ano, e não pretende ter filhos. Começou a trabalhar na Unifor através de um grupo recrute vagas (Yahoo Grupo), e já tinha experiência na área. O segundo emprego dele é de técnico em sonorização na Igreja Batista.


Livia, 34 anos, mora próximo ao local de trabalho, e trabalha nos serviços gerais da há 3 anos, é casada e tem 2 filhos. Começou a trabalhar na Unifor através de uma amiga, mas antigamente trabalhava como babá numa creche. 

Por: Erlane Alves e Larah Cordeiro

Aquele rapaz no canto

                                                               Foto: Iara Pereira

Quem frequenta a Q19 com certeza já deve ter visto este moço que vive com fones de ouvidos e concentrado em seu trabalho lá no canto da recepção. Thiago Oliveira, dono de uma leve timidez e de um riso frouxo, no auge dos seu 24 anos, está no quarto/quinto semestre do curso de Publicidade e há quase três anos é secretário do Núcleo Integrado de Comunicação, o famigerado NIC, atendendo ás demandas administrativas. Sobre a sua infância ele nos conta que sempre foi uma criança desastrada e levava muitos tombos, que podemos definir com aquele meme " todo dia um 7x1 diferente". A maior queda que teve foi quando na escola, fora empurrado da escada, atingindo a cabeça numa quina, o que lhe garantiu mais 7 pontos na vida. Ele diz que pretende seguir no ramo do planejamento/atendimento após formado.


Por Tayane Matos e Iara Pereira 

Gente como a gente.

       Sempre passei pela sala dos professores. Na correria do almoço, de falar com algum professor ou simplesmente para participar de algo relacionado ao Centro de Comunicação e Gestão. Passei e despercebi, passei e me comuniquei somente o essencial, passei e passei e passei. Hoje pude conhecer o Marcelo e percebe-lo. Sempre o pedia para falar com algum professor por mim ou pedia autorização para esquentar meu almoço la na copa, mas nunca parei para conhece-lo melhor. Hoje descobri que o Marcelo é um funcionário há 2 anos do CCG, que ele tem um relacionamento sério com a Aline que se iniciou em uma fila de inscrição, que possui uma vida pro-ativa além da Unifor, que um de seus grandes amigos já cultivados é o Helio, seu vizinho de mesa de trabalho super gente boa, e que já deixou de morar com seus pais em busca de independência. Um de seus sonhos é se graduar em Educação Física, e além dessa faxada "funcionário da Unifor", o Marcelo é doce, cativo, sabe se comunicar e sempre se dispõe a fazer um favorzinho ou outro em prol do NIC (Núcleo Integrado de Comunicação). Marcelo é gente como a gente, que cuida, que está presente, que vive. E que grande prazer esse que o tive de conhecê-lo e percebê-lo melhor. Hoje já posso chamá-lo pelo nome e cumprimentá-lo com um sorriso bem maior do que eu já o dava. 


Bárbara Soares.

O micro-ondas que abriga.



   Por milhares de pessoas que conhecemos em sociedade, algumas marcam a gente sem saber quem ela mesmo é.     Na Universidade de Fortaleza, encontramos o Seu Gilson, um moço simpático, de meia idade, que pouco conhecíamos. Nós chegamos a saber quem ele é, porque assim como outros alunos, usufruímos do micro-ondas do seu "charmosinho" C.A. Contou-nos sem negar a idadque tinha 44 anos e ainda fez uma revelação de que tem um filho de 30 anos, isso mesmo. Infelizmente, ele não quis entrar em tantos detalhes nesse assunto.     Ele entrou na Unifor por intermédio do amigo que queria deixar do canto e ele fez questão de assumir o ponto. Ele já trabalhou com xerox e em gráficas e se identificou com a nova vocação no campus.     Ele nos contou que se sente abrigado constantemente pelas pessoas abrigados e com isso conseguiu uma doação que era: o famoso micro-ondas que as vários alunos de vários cursos esquentam seus respectivos almoço. Com isso, vários alunos, passam e "despassam" pelo Seu Gilson sem notar de tanto serviço que ele presta pelo campus, porém ele nos contou que se sente gratificado em saber que está ajudando de uma forma tão singela os alunos.    Diante de toda modernidade, nos passamos como despercebidos pelos outros, a individualização, a socialização, as informações e como nos portando ao mundo. As coisas que são invisíveis, na verdade, somos nós que acabamos sendo esse invisível.

Por: Anderson Cavalcante e Fernanda Kelly.

Cadê a tampa da lente?

Quem nunca alugou uma câmera e ouviu a pergunta acima vinda do funcionário da central de equipamentos NIC (a famigerada T04) no momento de devolução?
Pois bem, aquele rapaz que nos recepciona e pede para assinarmos o livro de controle de empréstimo de máquina fotográfica nos conta uma história interessante:
quem é ele?
Conhecido como Anderson, seu nome completo é Anderson Chagas de Sousa. Nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 07 de fevereiro de 1986. Reside em Fortaleza, no bairro de Messejana, desde o ano de 2003, pois veio morar com a mãe. O seu primeiro contato com a Unifor surgiu enquanto procurava emprego. Resolveu fazer a entrevista e foi contratado. E aqui já trabalha há 10 anos, sendo que os dois primeiros anos foram na prefeitura, e atualmente, no almoxarifado. Trabalha para ajudar na renda da família, e também como um investimento nos estudos.
É graduando em educação física. É solteiro e não tem filhos.



(Lorena Fernandes e Davi Saraiva)

segunda-feira, 17 de abril de 2017

A Fortaleza da uma Colombiana




Esta é a minha Fortaleza até agora.

Eu sou na Colombia mas vim para facer intercambio, ate agora Fortaleza é alegria, cachaça, álcool, festa, praia, mulheres bonitas, dança, riqueza, pobreza, calor, chuva, perigo, turismo, deficiência hídrica, diversidade, liberdade, arte,e cultura

A cidade está cheia de gente bonita, que ajudam, ouvir e sempre têm uma boa disposição. Fortaleza forçar-me a crescer, me mostrou a realidade que eu não tinha vivido por ñao sair de casa, (País). Eu ainda ñao conheço nem 20% da cidade, mas como o nome indica aqui e eu aprendi a ter mais que Fortaleza e força para continuar.

Minha Fortaleza

Foto minha

Minha fortaleza é vazia.
É chegar em casa depois de um dia na faculdade e apenas usar minha voz no dia seguinte.
É olhar para as paredes do apartamento e ver apenas as paredes do apartamento.
É saber que ninguém vai ter preparado minha cama quando eu chegar em casa mais tarde.
É não ter ninguém para me mandar estudar, ou lavar a louça.

Minha fortaleza é silêncio.
É precisar por música nos fones de ouvido para notar o tempo passar.
É escutar a minha respiração enquanto leio.
É o tique apavorante de algo pingando em outro apartamento.
É a sensação gostosa de fechar os olhos e apenas escutar o ar.
Minha fortaleza também é barulho.
É o arrastar dos pombos durante a noite no meu telhado.
São os carros engarrafados às seis e meia da manhã.
São os trabalhadores do depósito ao lado conversando enquanto montam cubos plásticos.
É a dona Emília falando ao telefone às sete da noite.

Minha fortaleza é lotada.
É não se sentir só, mesmo estando só.
É ter com quem conversar, não importa o horário.
É fazer uma tarde com os amigos se tornar uma festa com mais de vinte pessoas.

Minha fortaleza é o lugar que eu odeio e amo. É onde eu quero passar minha vida, mas não vejo a hora de deixar.
Minha fortaleza tem vários cheiros, muitas cores e muito mais que aquilo que eu pedi.

domingo, 16 de abril de 2017

A Fortaleza pra quem não mora aqui(lá)

A Fortaleza de quem não mora aqui(lá).

Fortaleza foi feita para o turista. Uma semana não é suficiente para conhecer tanta coisa boa que a "terrinha" tem. Eu que venho todos os dias da serra pra capital, assisto da janela do ônibus ou do carro, o filme que é essa cidade. Bairros onde o desenvolvimento não chegou, bairros onde o futuro é hoje.

Da grande periferia ao pequeno centro econômico. Do Bom Jardim à Aldeota, todos os dias uma nova história. A cidade que não é justa, onde os poderosos estão concentrados, cercados e engolidos pela periferia. Mas a burguesia se redime e aplaude o talento que sai das palmas do Conjunto Palmeiras.

A capital das praias e do verão, a única estação, pra refrescar, só o vento pra amenizar. Essa terra tem muita coisa e gente boa, muita gente da cabeça chata, mas que leva no peito a essência do cearense de tudo fazer piada.

É aqui, é daqui, é de lá que eu vou viver.

sábado, 15 de abril de 2017

Minhas Fortalezas

Na verdade Fortaleza são várias Fortalezas.
Vamos começar pela Fortaleza das praias: nela está sempre ensolarado, o mar tem uma maré agradável onde banhistas e surfistas se deleitam. As crianças brincam na areia e nas piscinas salgadas feitas pelo próprio mar. O vendedor de picolé, camarão, coco ou bijuterias, passa chamando a atenção. E ali, naquele momento, Fortaleza tem uma linda versão.
 Agora vejamos a grande e agitada Fortaleza, onde o movimento nas ruas começa cedo, e ás 7:30 da matina já existem engarrafamentos que tiram a paciência de trabalhadores e estudantes. E enquanto o engarrafamento para a cidade, sua aparência continua em movimento: lojas abrem e fecham, outdoors são trocados, prédios são demolidos e construídos, muros são pichados e pintados. E o fortalezense, apressado, nem percebe. 
Toda cidade tem seu lado miserável e a minha fortaleza não é diferente. Nessa Fortaleza existem favelas que abrigam uma parcela considerável, porém esquecida da cidade. Esquecida propositalmente. Uma parte da cidade onde pessoas vivem em casas precárias, se tiverem um lugar pra chamar de casa. Essa  Fortaleza  está em todos os lugares: Na criança que pede dinheiro no sinal, no rapaz que limpa vidros de carros por alguns trocados, está na pessoa que, enquanto estamos em um restaurante ou em uma festa curtindo a noite,está na rua a noite toda ´guardando´ nossos carros. Pessoas que nos negamos a enxergar.  
Enfim, essas são as Fortalezas que  vivo, além daquela que muitas vezes me apresenta mais dificuldades do que eu gostaria. Não tenho amor por Fortaleza, mas é aqui que amo viver.

Iana Couto 

quinta-feira, 13 de abril de 2017

A TERRINHA AMADA

A imagem pode conter: atividades ao ar livre
Foto: Luana Maciel.



Fortaleza é aquele lugar no qual posso ir e passar o tempo que for em qualquer lugar, mas que na hora do regresso me recebe com aquele abraço afetuoso que só uma mãe sabe dar a um filho.

Fortaleza um lugar que me convida a descobri-lo (principalmente por duas rodas) atravessando de uma ponta a outra mas sempre terminando com um maravilhoso por do sol acompanhado com água de coco na Ponte Metálica. 

Do pirata na segunda a Praia do Futuro no domingo. Fortaleza é aquele lugar onde todo dia tem uma programação diferente pra todo mundo.  Mesmo sendo daqui, sempre que posso me convido (e te convido também) a sempre descobrir esse lugar de uma maneira diferente, pois sinto que sua essência é enorme e sempre há coisa nova a ser explorada. 

No mais, o que eu sinto por essa cidade é GRATIDÃO. Sim, gratidão. Por ter nascido e morar aqui, por me proporcionar momentos de felicidade, por me abrigar e por tantas coisas mais. Obrigada, terrinha, obrigada!



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Maira Gall