Realidade virtual é um termo popularizado para designar sistemas de animação em perspectiva (simulação plana de três dimensões), estereográfica ou não, com alguma interatividade. Porém, esse conceito vai muito mais além do que isso, principalmente, na medicina.
As experiências virtuais estimulam a capacidade que o cérebro tem de modelar e restaurar uma função perdida. Chama-se isso de neuroplasticidade. Como exemplo, podemos citar aqueles momentos em que a pessoa tem o desejo desaparecer, ir para outro mundo. Impossível? Não. Agora, isso é possível. Esse procedimento auxilia no tratamento de doenças como labirintite e síndrome do pânico, além de superar traumas e fobias. No processo de tratamento com realidade virtual os pacientes necessitam de óculos com lentes especiais. Basta colocá-los e o paciente tem a sensação de ser transportado para outro lugar, outro ambiente.
Pesquisadores da PUC, do Rio Grande do Sul criaram uma agência bancária virtual para tratar funcionários que foram vítimas de assalto e ficaram traumatizados. Como primeiro paciente, a universidade gaúcha convidou o bancário Renato Caldas de Souza, que já presenciou sete assaltos, em quatro agências diferentes que ele trabalhou. Nas duas últimas vezes, esses assaltos apresentaram uma agressão física. O bancário afirma que tem medo de sair de casa e procura evitar chegar sozinho ao banco.
Para lutar contra o medo de entrar na agência onde trabalha, Renato encarou pela primeira vez a terapia com realidade virtual. Uma pulseira azul monitorou seus batimentos cardíacos. Na agência virtual, ele assumiu o papel do caixa. No momento dos tiros, a ansiedade dele aumentou, porém, quando ele começou a vivenciar essa situação em um ambiente de realidade virtual, isso começou a se organizar na memória dele e diminui então a resposta de ansiedade.
Em Barcelona, na Espanha, a experiência médica com realidade virtual vai além. Ela consegue criar a ilusão de que você é outra pessoa e que tem outro corpo. Os pesquisadores pedem para a pessoa que está sendo avaliada olhar para baixo. As luzes se apagam e ela vê as mãos de uma criança e tem a sensação de que são as suas. Olha para o espelho e, ao invés de ver a sua imagem, vê uma menina. Não somente vê como chega a sentir que está no corpo dela. Uma mulher faz um carinho na criança. No mesmo momento no laboratório, o pesquisador passa a mão no braço da pessoa.
Vinte e oito homens fizeram esse teste e contaram que realmente se sentiram em um corpo feminino, o da menina mostrada em vídeo. E também tiveram uma sensação muito forte de que era a mulher virtual que estava passando a mão neles. Segundo o chefe da pesquisa, pela primeira ficou provado que o cérebro é capaz de aceitar um corpo virtual como sendo o seu próprio. Cientistas já pensam em usar essa tecnologia para tratar pacientes com anorexia, que têm uma visão distorcida do próprio corpo.
Portanto, conclui-se que em um breve futuro, a realidade virtual pode ser um grande aliado da medicina ajudando na cura de doenças que afetem principalmente o cérebro das pessoas.
Por Elialdo de Oliveira
A idéia é legal, só echato pq as vezes as pessoas excluem o papel do ser humano
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