domingo, 23 de setembro de 2012

As Eleições e as Redes Sociais

  As eleições para prefeito de Fortaleza estão bem acirradas e aparentemente os candidatos resolveram apostar na força das redes sociais. Para atingir os eleitores, os candidatos parecem ter a sua própria receita para o sucesso.

  Para melhor compreender a situação das campanhas em nossa cidade nada melhor do que a opinião de um especialista sobre o assunto, O prof. da Unifor, W. Gabriel. 

 

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Medianeirando

Começo citando, segundo o texto, o problema causador de todos os outros: as pessoas têm medo de se decepcionar, e por isso não ligam para as necessidades de afeto das outras se escondendo na sequencia desenfreada de torres e mais torres, como mostra o filme, uma ao lado da outra, sem nenhuma explicação concreta. Ele também lembra da dificuldade de comunicação física nas cidades, as pessoas se olham, mas não se veem já que estão sempre presas á rotina, aos mesmos lugares e não sendo autoconfiantes o bastante, escondem-se atrás dos celulares para se sentirem seguras. O não pertencimento á essa sociedade onde todos fazem a mesma coisa, mas nada é feito em conjunto reflete nos problemas de solidão, depressão e vícios vivenciados pelos personagens, tanto que um deles utiliza o computador como uma ferramenta de afastamento desse temeroso convívio urbano. Os dois personagens também se cruzam por entre inúmeros cidadãos, mas é no mundo virtual que eles se encontram, e o que eu achei mais interessante foi a conversa no bate-papo baseada na vontade de aproximação, de contato, no real, já que hoje as relações são mediadas pelo hight tech e qualquer tipo de proximidade ficará a mercê dela.

domingo, 2 de setembro de 2012

Dica de Música, Robô.

Vulgue Tostoi - Robô




Acredito que essa música aborda exatamente, de uma forma poética, o que Bauman e o filme Medianeiras criticam nessa sociedade contemporânea.

A música de nome "Robô", fala sobre a ligação entre as pessoas e as máquinas, de uma forma subliminar; de como as pessoas não se vêem mais, no mundo real; de como as pessoas tem se "enxergado", ou seja, através de um robô, de uma máquina, caixas de luzes de diversos tamanhos, diversas cores, diversas funções e um mesmo objetivo...

Promover a distância física entre as pessoas...

Discussões através de exclamações!!!, "aspas" e textos em caixa ALTA, substituem o calor de um debate, de um alerta, de um fim de uma relação...

Essa música é o tema de abertura do programa humorístico, "De Cara Limpa", com o apresentador Fernando Caruso.


De Cara Limpa




A abertura do "De Cara Limpa", dá exemplos perfeitos das observações de Bauman sobre essas relações digitais.

O objetivo de Caruso neste programa é tentar "linkar" as pessoas através do humor, fazendo piadas, dinâmicas divertidas, coros e outras atividades. Caruso arranca sorrisos de pessoas em locais totalmente "inapropriados", tornando o programa muito divertido.

Letra da Música:



Eles não têm cores,
Eles não têm sabor,
Eles não se enxergam,
Eles não fazem amor,
Estão preocupados com seu novo robô,
Elas não se enganam,
Elas quase respiram,
Elas vivem o drama ideal,
A vitória impossível,
Estão preocupadas com seu novo robô,
[Refrão]:
Comprei mais um, montei mais um, não sou mais um,
Estava em promoção, não sou mais um, olha bem no olho do robô,
Pro olho do robô,
Eles não têm cores,
Elas fazem respirando,

Eles vivem o drama ideal,
A vitória impossível,
Estão excitadas com seu novo robô,
[Refrão 2x]


Fontes:

http://www.youtube.com/watch?v=-qJI6hLcnP0

http://www.youtube.com/watch?v=zVy-C1ZMK18

http://letras.mus.br/vulgue-tostoi/1704478/

Arriscar-se ou Esconder-se?


Lembro-me por diversas vezes ter ouvido da voz forte e rouca de Cássia Eller: o pra sempre, sempre acaba! O ponto de exclamação tira toda e qualquer dúvida nesse sentido. Todos nós, humanos, procuramos alguém para dividir o algo mais que possuímos. Martin e Mariana, protagonistas do filme:"Medianeras" também. São jovens amedrontados e acomodados,  como a maioria dos jovens de hoje.
A rede virtual nos possibilita um falso status. Nos classificamos como seres descolados por sermos escravos da tecnologia. Perdemos com o tempo o hábito da escrita. Mas, para que escrever se eu posso me limitar a mandar mensagens  falando por monossílabos? Estou conectado com milhares e milhares de pessoas disfarçadas que falam e escrevem o que eu quero ler ou ouvir. Não preciso ser criticado ou elogiado. Não preciso sequer olhar para minha imagem no espelho. Ninguém se interessa pelo meu “eu”, por aquilo que realmente sou.  Bauman no seu Amor líquido afirma que a epidemia de aparelhos celulares evita que as pessoas se olhem nos olhos. Com o tempo nos olhamos e não nos vemos mais. Mariana, protagonista do filme, passou quatro anos em um relacionamento em que não havia o olhar. Numa cidade como Buenos Aires, a tecnologia é sempre aquela terceira figura inconveniente em uma relação, onde, decididamente só cabem duas.
Os personagens do filme nos trazem a sensação de tão perto e ao mesmo tempo tão longe. Mariana e Martin são vizinhos e solitários. Todavia, os poucos metros que os distanciam tornam-se maiores do que o número de pessoas que dividem espaço em um bate-papo na web. É contraditório e chocante. O risco do desconhecido é atraente e ao mesmo tempo causa pânico. O que fazer? Simplesmente, desligar o computador.
Bauman também cita que a realização mais importante da proximidade virtual parece ser a separação entre comunicação e relacionamento. Não consigo de fato executar essa divisão com tanta destreza. Ao contrário do autor discordo quando ele afirma que apostar as fichas em um só número é o máximo de insensatez. Não creio que buscar algo que se deseje seja um gesto sem razão.  Sofrer ou decepcionar-se com alguém nos mostra que estamos vivos. Temos que tirar lições de nossos erros e acreditar que amanhã será sempre melhor que hoje.
               
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Maira Gall