terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Nomadismo


O conceito de nomadismo na comunicação diz respeito ao atual estágio de desenvolvimento de uma Global Village. Nessa Aldeia Global, a existência de relações interpessoais não está ligada a um espaço físico e todas as pessoas podem estar conectadas ao mesmo fato em lugares físicos diferentes. As barreiras físicas que impediam as comunicações foram suplantadas pelas novas tecnologias e a internet desterritorializou (descentralizou) a informação.

O avanço na pesquisa de tecnologias móveis e o barateamento de seus equipamentos criou um cenário de descentralização do acesso à informação, que já era descentralizada. Nessa sociedade ligada ao ciberespaço, é possível visitar algum ponto turístico e receber pelo celular comentários e relatos de pessoas que já estiveram naquele lugar.

Ainda no ciberespaço permanece uma demarcação metafórica de espaços: as terminologias site, sala, fórum, salão, são representativas de espaços maiores e indicam a localização dos usuários. A presença física tornou-se dispensável e a contato digital assumiu característica predominante em nossas cidades. O nômade, agora, é aquele que transita em diversas vias e polos do seu ciberespaço em buscas de informações e novos contatos.

Nômades

Pessoas que vivem em busca de melhores pastagens ignorando as fronteiras de seu lugar de origem. Nomadismo é uma prática que até hoje é muito realizada, pessoas se aventuram em outras terras em busca de novas oportunidades, novos desafios, seja em busca de pasto para o gado, alimento para consumo do grupo, fuga das condições climática, busca de novas oportunidades no mercado de trabalho, etc, os nomades estão sempre de passagem. 

Durante a era Paleolítica e parte do Neolítico, o nomadismo foi uma prática comum entre os primeiros grupos humanos. Com as mudanças climáticas e o desenvolvimento das primeiras técnicas agrícolas, o nomadismo cedeu espaço para o aparecimento de comunidades sedentárias originárias das primeiras civilizações da Antigüidade. É nesse ponto que começam a desenvolver valores culturais, formas de organização político-social ou formas complexas de se relacionarem com o mundo, mas isso não faz com que o homem nômade seja menos evoluido que os da comunidade sedentária.

Porém com a chamada globalização, a facilidade de comunicação imediata com outras culturas e povos através da internet e as necessidades profissionais de mercados cada vez mais internacionais tem favorecido não só migrações internas e externas, como novas formas de inserção social multidomiciliar. 

Viver de ponte aérea virou rotina na vida de muitos profissionais, por vezes até mantêm dois domicílios, outros moram em cidades-dormitórios e trabalham em grandes capitais. Namoros iniciados via internet, empregos virtuais, compra e venda de imóveis, importar e exportar produtos, etc, também já é muito comum, graças a facilidade da comunicação com outras culturas.

Apesar da facilidade de comunicação e locomoção atuais, nasce a dificuldade existentes na terra natal como o desemprego, violência, etc, uma certa alienação cultural para alguns e muitos sonhos frustrados, devido a divulgação de novas oportunidades e a busca dos mesmo por estrangeiros. Mas a aqueles que se consideram cidadãos do mundo, pois sabem aproveitar muito bem esse mundo global e quase sem barreiras.

Documentário: Migrações - Retratos do nomadismo contemporâneo
Ricochete filmes - 2010


Sinopse: Todos os anos, 75 mil pessoas deixam o país. Dispersa pelo mundo, a diáspora portuguesa mostra neste documentário o que pensa e o que sente. São jovens emigrados na Suíça, em França, no Reino Unido ou nos Estados Unidos da América que falam da sua experiência fora do país. Fonte

Digital


O termo “digital” já faz parte da nossa vida a tanto tempo que nem paramos para nos perguntar o que ele significa. Teria alguma coisa a ver com a ponta dos nossos dedos, onde temos as “impressões digitais”? Ou é algum sistema complexo que apenas especialistas conseguem entender?

De acordo com o dicionário Michaelis, um dos significados do termo “digital” é “que se utiliza de um conjunto de dígitos, em vez de ponteiros ou marcas numa escala, para mostrar informações numéricas”, ou “computador que opera com quantidades numéricas ou informações expressas por algarismos.”.
Não entendeu ainda? A Wikipedia pode explicar melhor! Lá vimso que “circuitos digitais são circuitos eletrônicos que baseiam o seu funcionamento na lógica binária, em que toda a informação é guardada e processada sob a forma de zero (0) e um (1).” .
A palavra “digital” é sim 
derivada do termo “dígito”, que vem do latim e significa dedo. A ligação dos aparelhos digitais com os dedos é a seguinte: nos dedos das mãos conseguimos contabilizar apenas uma pequena quantidade numérica, finita. E o sistema digital utiliza valores numéricos discretos para armazenar os dados. Por isso que aparelhos digitais são mais simples e rápidos, por ser mais fácil de transmitir e decodificar todas as informações.


Com certeza você já ouviu alguém falar que o mundo hoje é digital. Você concorda? Não podemos negar que agora temos tudo na ponta dos dedos. Os nossos dígitos não têm descanso na era digital!

Cidade Ciborgue




“Toda cidade recebe o nome do deserto a que se opõe”

Ítalo Calvino - Cidades Invisíveis



Ci.da.de - “Cidade é a expressão palpável da necessidade humana de contato, comunicação, organização e troca, — numa determinada circunstância físico-social e num contexto histórico.” (Lúcio Costa, Lúcio Costa: Registro de uma Vivência, p. 277.)
(Dicionário Aurélio)
Ci.bor.gue - " Do inglês - cyborg, abreviatura de cyb(ernetic) org(anism)." (Dicionário Aurélio)


Partindo do princípio de Lúcio Costa quando conceitua cidade, a "cidade ciborgue" é além de uma necessidade humana, uma complexa rede de comunicação. De acordo com estudos de André Lemos, a "cidade ciborgue é a cidade da cibercultura, preenchida e complementada por novas redes telemáticas — e as tecnologias daí derivadas; internet fixa, wireless, celular, satélites etc. — que se somam às redes de transporte, de energia, de saneamento, de iluminação e de comunicação."

O mundo do homem contemporâneo está voltado para a luta contra uma das coisas que nem a ciência, nem a religião conseguem dominar: O TEMPO. E é à partir desse preceito que na cibercidade, agilidade e tecnologia são protagonistas num filme onde o "homem real" vem cada vez mais sendo figurante. Exemplo disso são as relações interpessoais, que na era da cibercultura se dá pelo mundo virtual.

A cibercidade se metamorfoseou em um ambiente onde a conexão é a mola mestra e todos os usuários estão em plena mobilidade, interagindo com máquinas, pessoas e objetos urbanos. Vivemos numa conexão permanente, a volubilidade e troca de informação em qualquer lugar e em qualquer tempo são indispensáveis.


"A proposta da cidade digital é favorecer novas relações sociais de acordo com interesses urbanos, específicos e coletivos, ampliando o universo do que se entende por cidade na busca da cidadania, e melhorar a qualidade de vida." (André Lemos)


Mas será que todo esse montante de novas tecnologias não cria um paradoxo nas relações sociais? Os indivíduos estão sim se relacionando mais, mas será que melhor?

Seres Virtuais

Virtual. Podemos entender este adjetivo como uma imitação do real, uma simulação da realidade. Vivemos em um mundo que predomina o fingimento, onde as informações são cada vez mais rápidas e diversificadas e as tecnologias são ultra-modernas. Quase um "Matrix". O filósofo francês Pierre Lévy aborda o fenômeno da virtualização do ser humano como a relação entre a comunicação virtual e as características da sociedade contemporânea. Lévy defende que o virtual não se opõe ao real, ou seja, caminham lado a lado. Segundo o filósofo, virtual é tudo aquilo que tem condições para se concretizar. Não é o contrário de real, mas sim de atual. Isso porque o ser humano procura formas virtuais, como ir a academia, fazer cirurgias plásticas ou utilizar próteses para fugir de sua situação atual. A virtualização afeta o cognitivo das pessoas .Os nossos sentidos e percepções são cada vez mais afetados pelas tecnologias de comunicação. Cabe ao ser humano aproveitar esse estágio de virtualização para tornassem cidadãos mais ativos, questionadores, participantes. Segundo Michael McGuigan, cientista do Laboratório Nacional Brookhaven, nos Estados Unidos, o mundo virtual tipo Matrix pode se realizar em poucos anos. Os computadores atuais já conseguem produzir cenas reais, porém, consomem horas de processamento e jamais poderiam se aproximar de uma interação em tempo real. Nada como o passar do tempo...

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Nomadismo


Segundo o dicionário Aurélio online, Nomadismo é o “próprio estilo de vida de algumas pessoas que se caracteriza por ir de um lugar para outro, sem estabelecer um local permanente, cujo objetivo é garantir a sobrevivência”, mas quando aplicado à comunicação essa sobrivivência se transforma, o objetivo não é mais se manter vivo, mas se manter informado, sempre.


Faz parte da vida de quem vive "conectado" ser um pouco nômade, viajar pelos países em busca de informação e conhecimento, nem que seja apenas virtualmente. Um site que é traduz esse conceito de vida é o http://www.couchsurfing.org/ que é, como eles mesmo se definem, o seu bilhete para explorar o mundo - a partir da estrada ou de sua própria casa.
Contudo, para aqueles que desejam sair da vida rotineira que os prende e embarcar numa viagem nômade em busca de informação e auto-conhecimento, aconselho estar sempre conectado com mundo de alguma forma, como o celular por exemplo, ou senão podem acabar como o personagem de Emile Hirsch, o Christopher, em "Na Natureza Selvagem".

Cidade-ciborgue


As cidades-ciborgue é a interação das redes tecnológicas com a sociedade.A cidade-ciborgue é segmentada em cibercultura e ciboquização. Estas definem especificadamente a interação da tecnologia com o ser humano.A cidade-ciborgue da cibercultura constitui um organismo complexo composto por redes tecnológicas associadas a redes de necessidades como transporte, energia e comunicação.A cidade-ciborgue na “ciboquização” é a expansão do corpo humano formada parte pela natureza, parte pelo homem.
As cidades-ciborgue não é um fenômeno recente. A evolução da sociedade desde a mais simples até os tempos de hoje, influenciaram para nós chegarmos a essa grande rede tecnológica.
As tecnologias estão tão inseridas nas nossas vidas que constantemente esquecemos diferenciar o real do virtual.Buscamos os artifícios tecnológicos não apenas para facilitar as nossas vidas, mas também para suprir alguma necessidade humanas.

O analógico ainda não morreu


De acordo com alguns dicionários da língua portuguesa, a palavra analógica é definida da seguinte maneira.

"a.ná.lo.gi.co adj. 1. Fundado na analogia. 2. inform. Que pode assumir valores contínuos."


Sempre que falamos na palavra analógica nos vem à cabeça algo referente a sinal analógico, relógio analógico ou câmera analógica. Esse instrumentos que no século XX viviam seu auge, hoje, amargam o esquecimento. A moda do século XXI é o digital, câmera digital, TV digital e ,principalmente, sinal digital.


Porém, o que algumas pessoas não sabem é que o termo analógico vai muito além de sinais, circuitos e aparelhos, a palavra analógico pode está ligada, também, a comunicação. E podemos dizer que a comunicação analógica é a única área em que o termo analógico não será extinto.


Mais o que será essa tal comunicação analógica?

A comunicação analógica consiste em todo tipo de comunicação não verbal, como por exemplo, a postura, os gestos, o ritmo ou até expressão facial.

Não importa o quanto o mundo digital avance, algumas coisas nunca vão mudar.


Para saber mais sobre a comunicação analógica é só visitar o blog "O mundo by Thaís", o enderço eletrônico é


Desterritorialização: A busca pelo novo


"A globalização tende a desenraizar as coisas, as gentes e as idéias." Octavio Ianni


A desterritorialização é o desprendimento para a busca do novo,um novo lugar,pensamento; a fuga das estruturas socias já existentes. As novas tecnologias fizeram do homem um ser desterritorializado.
O indivíduo precisa de território, seja ele estável ou passageiro. Ao mesmo tempo em que ele foge do lugar de origem é necessário que se crie um novo, mas este é questionado por não conter a essencia do original.
Agora as informações possuem ligação, estão integradas mesmo com longas distâncias. A mudança é constante, não se tem o fixo, o firme, agora é transitório. O novo fica cada dia mais novo, sempre há como "melhorar". Você não tem um lugar fixo, está aqui e ao mesmo tempo não está. A velocidade caracteriza essa mudança. Tudo é dinâmico, rápido e muda muito.
Com tanta informação e mudanças é difícil consumir tudo que sem tem a disposição, a grande questão é tentar lembrar de tudo.

Virtual


Nos dias de hoje o “mundo virtual” está diretamente ligado a nossa vida. Mais nem todo mundo sabe a real definição da palavra, "virtual" vem do latim medieval virtualis, que vem de de virtus, força, potência. De acordo com o dicionário, “virtual é aquilo que não existe como realidade, mais como potência ou faculdade. Que equivale a outro, podendo fazer as vezes deste, em virtude ou atividade. Que não tem efeito atual.” Virtual é aquilo que não é concreto, não é palpável e geralmente é uma abstração de alguma coisa real.

O francês Pierri Lévy é um dos autores mais conhecidos, quando se trata desse tema. O escritor do livro “O que é virtual?” define virtual como aquilo que não se opõe ao real, mais sim ao atual. Podemos dizer que o virtual facilita muito a nossa vida, através do computador (que é uma ferramenta diretamente ligada ao virtual), podemos conhecer e interagir com outras pessoas, obter informações com mais facilidades, entre outras mil coisas que podem ser feitas nesse tal "mundo virtual".

WEB



Web
Sistema baseado em hipertexto que permite a navegação por computadores ligados à Internet. Suporta texto, imagens, vídeo e sons.
Histórico
Tim Berners Lee construiu a ENQUIRE, ainda que diferente da Web atualmente, o projeto continha algumas das mesmas idéias primordiais, e também algumas idéias da web semântica. Seu intento original do sistema foi tornar mais fácil o compartilhamento de documentos de pesquisas entre colegas.
Um computador NexTclube foi usado por Berners Lee com o primeiro servidor web e também para escrever o primeiro navegador o WordWideWeb em 1990. No final do mesmo ano Berners Lee já havia construído todas as ferramentas necessárias para o sistema, o navegador, o servidor e as primeiras páginas web. Em 6 de agosto de 1991 ele postou um resumo no grupo de notícias alt.hipertext. Essa data marca a estréia da Web como um serviço publicado na internet.
A funcionalidade da Web é baseada em três padrões:
URI – um sistema que especifica como cada página da informação recebe um endereço único onde pode ser encontrada. Esse padrão é definido em RFC 1738 e RFC 3986.
HTTP – um protocolo que especifica como o navegador e servidor web comunicam entre si. Esse padrão em RFC 1945, 2616,2617.
HTML – uma linguagem de marcação para codificar a informação de modo que possa ser exibida em uma grande quantidade de dispositivos. Esse padrão é definido RF 1866.
© SITe
Maira Gall