O poeta e dramaturgo francês Charles Baudelaire, surgiu com o termo Flâneur para caracterizar o cidadão-obervador, presente na cidade de Paris, que participa do desenvolvimento da cidade mais do que um habitante comum. O flâneur aje como uma chave no entendimento e na construção da cidade através da minunciosa observação de todos os aspectos físicos, sociais e antropológicos que nela acontecem.Após a Revolução Francesa, Baudelaire percebeu que os novos padrões da sociedade entravam em choque com a antiga forma de criação de arte, e considerou que esta contrastava com a então vida moderna. As mudanças trazidas pela industrialização requeriam que o artista mergulhasse na metrópole a fim de conhecê-la mais a fundo do que o que já era conhecido pelo cidadão mediano.
Abaixo uma ilustração em vídeo do que pode ser considerado o flâneur no mundo moderno.
Acredito que na atualidade os flâneurs estejam cad vez mais raros de se encontrar. As pessoas estão cada vez mais aceleradas, mais apressadas, sem tempo para nada e acabam não atentando para as coisas que acontecem ao seu redor, principalmetne as mudanças que ocorrem na nossa cidade.
ResponderExcluirDifícil agirmos como um flâneur na sociedade em que vivemos. Estamos tão sobrecarregados de informações, vindas de todos os lugares, de todas as formas, que acabamos não captando quase nada. Deixamos passar fatos de grande importância. Como propõe a teoria da "Aldeia Global", estamos cada vez mais perto, porém, muito mais distantes de tudo.
ResponderExcluir"Diego não conhecia o mar. O pai, Santiago Kovadloff, levou-o para que descobrisse o mar. Viajaram para o sul.
ResponderExcluirEle, o mar, estava do outro lado das duas esperando.
Quando o menino e o pai enfim alcançaram aquelas alturas de areia, depois de muito caminhar, o mar estava na frente de seus olhos.E foi tanta a imensidão do mar, e tanto o seu fulgor, que o menino ficou mudo de beleza.
E quando finalmente conseguiu falar, tremendo, gaguejando, pediu ao pai:
- Me ajuda a olhar!"
Eduardo Galeano
Ao ler sobre o Flâneur, me lembrei desse texto do Eduardo Galeano e fiz umas reflexões. É como vocês falaram, vivemos em uma sociedade tão movimentada, tão acelerada que não percebemos mais as coisas simples e bnitas que há nela.
é cada vez mais dificíl encontrarmos pessoas assim, como o menino, que se emociona com o mar, com as pessoas, com a cidade, com a vida em si.
Lindos comentários. Vou procurar este texto do Galeano!
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