Do Cemitério à Catedral, calor infernal, pessoas transitam o mais rápido que podem. No centro, tudo se compra, tudo se vende, tudo se encontra e durante um tempo foi onde eu me encontrei. Provavelmente pelo fato de que tinha um turno livre e nenhuma paciência pras exatas; tinha tempo bastante pra perambular pelo centro. Depois de um tempo, passei a conhecer praticamente todas as lojas de algumas ruas, e alguns vendedores já até me conheciam. Afinal, não é todo dia que você fica horas a fio falando sobre Chico Buarque e outros cantores da MPB com uma cliente aleatória e no final, ela nunca compra nada. O centro era o local de encontro com meus amigos, seja indo pro Rock Cordel, falando de instrumentos que nunca teríamos ou planejando tatuagens na galeria.
Hoje não passo mais tanto tempo no centro, mas ele não se tornou um "não lugar". Hoje, é o lugar onde encontro meus primos quando temos que organizar as festas da família e, mesmo sem isso, ele nunca poderia ser um não lugar. Cada rua, cada curva, cada esquina tem uma história.
Hoje não passo mais tanto tempo no centro, mas ele não se tornou um "não lugar". Hoje, é o lugar onde encontro meus primos quando temos que organizar as festas da família e, mesmo sem isso, ele nunca poderia ser um não lugar. Cada rua, cada curva, cada esquina tem uma história.
Texto: Thays Sena
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