quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Não - Lugares.


Pessoas se locomovem a todo instante. De carro, à pé, de transporte coletivo ou pelos ares. Algumas dessas pessoas vão para nunca mais voltar.
Pra onde eles vão, ninguém sabe dizer ao certo além deles mesmos, e quem sabe nem eles. Mas, para chegar a um lugar, os não - lugares podem ser uma parada.
Não lugar é onde alguém vai pra não ficar. Aeroportos, estradas, terminais de ônibus... Esses lugares tem vida efêmera, são lugares de passagem, lugares de transição. Algumas pessoas ficam 5 minutos, outras, uma hora, e talvez até dias. Mas o vinculo a esses lugares não se forma. As relações sociais não se formam. Não se criam laços, não se cativa ninguém... Mas, quem sabe, em algum dia, uma raposa irá aparecer...

3 comentários

  1. Engraçado que há algumas décadas atrás era totalmente diferente. A predominância era de famílias tradicionais enraizadas em suas casas, mulheres cuidando dos filhos e os maridos os sustentando. Muito diferente dos tempos modernos no qual vivemos, onde a corrida contra o tempo é quase constante e os não-lugares são cada vez mais preenchidos...

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  2. O fato é que o não lugar de uma pessoa pode ser o lugar de outra. Se uma pessoa que trabalha no aeroporto, por exemplo, ela passa o dia inteiro naquele lugar, que é um não lugar para a maioria das outras pessoas que só estão de passagem por lá. Cada vez mais as pessoas circulam mais e por mais tempo em não lugares.

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  3. Seu texto tem um toque de poesia que encanta e intriga. Também estou esperando pela raposa do Pequeno Príncipe, para ensinar, de novo, às pessoas a importância de cativar e ser cativado.

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