
Pessoas se locomovem a todo instante. De carro, à pé, de transporte coletivo ou pelos ares. Algumas dessas pessoas vão para nunca mais voltar.
Pra onde eles vão, ninguém sabe dizer ao certo além deles mesmos, e quem sabe nem eles. Mas, para chegar a um lugar, os não - lugares podem ser uma parada.
Não lugar é onde alguém vai pra não ficar. Aeroportos, estradas, terminais de ônibus... Esses lugares tem vida efêmera, são lugares de passagem, lugares de transição. Algumas pessoas ficam 5 minutos, outras, uma hora, e talvez até dias. Mas o vinculo a esses lugares não se forma. As relações sociais não se formam. Não se criam laços, não se cativa ninguém... Mas, quem sabe, em algum dia, uma raposa irá aparecer...
Engraçado que há algumas décadas atrás era totalmente diferente. A predominância era de famílias tradicionais enraizadas em suas casas, mulheres cuidando dos filhos e os maridos os sustentando. Muito diferente dos tempos modernos no qual vivemos, onde a corrida contra o tempo é quase constante e os não-lugares são cada vez mais preenchidos...
ResponderExcluirO fato é que o não lugar de uma pessoa pode ser o lugar de outra. Se uma pessoa que trabalha no aeroporto, por exemplo, ela passa o dia inteiro naquele lugar, que é um não lugar para a maioria das outras pessoas que só estão de passagem por lá. Cada vez mais as pessoas circulam mais e por mais tempo em não lugares.
ResponderExcluirSeu texto tem um toque de poesia que encanta e intriga. Também estou esperando pela raposa do Pequeno Príncipe, para ensinar, de novo, às pessoas a importância de cativar e ser cativado.
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