quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Cotidiano do não-lugar

Em meio a sociedade em que vivemos, somos submetidos o tempo todo a velocidade, uma velocidade maior ainda de fluxos de informações. Todos os dias e o dia inteiro corremos de um lado para o outro. Nossas vistas correm pelos livros, pelas ruas, pelas pessoas e pelo tempo em busca de informações, de estar mais presente, de cumprir horários e compromissos. Somos bombardeados ao longo de um dia inteiro através do tempo pela velocidade da vida.

Velocidade essa que está nos deixando cada vez mais sem o “lugar comun”, sem nos “fixarmos” ou pararmos para um descansinho de 5 minutos. Vivemos a era da mobilidade, e até parece que o ditado popular “tempo é dinheiro” faz mais sentido do que nunca.

Devido a velocidade da vida e do fluxo de informações, vivemos e estamos cada vez mais nos espaços públicos, o que nos coloca sempre em uma situação de passagem. Segundo Mar Augé, passamos a ocupar os “não-lugares”, onde o lugar deixa de ser ponto fixo e passa a ser qualquer lugar.

2 comentários

  1. É verdade Natália. Vivemos em uma sociedade tão agitada, tão rápida que a minha própria casa se torna um espaço de fluxo e de passagem.
    A própria Beatriz Furtado comenta no seu texto que as cidades estão se transformando nesse não-lugar.

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  2. Exatamente, Carol. Não são mais só os espaços públicos que estão virando não-lugares, mas até os privados.

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Maira Gall