terça-feira, 11 de abril de 2017

Pelos bairros de onde velejo



Foto: Iara Pereira


Já passei por ruas e calçadas.

Meu Lago Jacarey, está nos primeiros passos, os fins de semanas pedidos pelas brincadeiras e travessuras aos redores do bairro.
Minha Boa Vista, tem a inocência, as etapas de onde eu cresci, a terra molhada e o ruído dos caminhões que por ali trilharam.
Passo por São Miguel, o chão quente e meus pés descalços, indo a budega comprar um pirulito. Cinco horas da tarde. Dia a dia. Observo minha mãe e os vizinhos sentados na calçada. Nos rostos, sempre as mesmas expressões.
Trilho por Mondubim, eu cresço e desvendo as ruas largas, os sinais, o trânsito, o movimento. O concreto dos muros e o excesso de informações pelas avenidas.
Lagoa Redonda, ah... onde eu me deixo ao encontro da melhor vista para o pôr do sol, não há prédios, não há fiações. Ali, o laranja se torna o único presente no meu olhar.
Paro enfim a minha querida e não tão velha, Sapiranga. Ela está sempre calma, nas ruas eu olho para o chão, vejo a areia das dunas e percebo que o mar está ali, logo perto. É onde eu fico, é onde eu moro.
Os meus bairros, por onde eu passei, fizeram parte de mim, do meu crescimento, de quem eu sou, é a minha Fortaleza. Sou parte.
Os pés descalços.
Caminho.
Espero nunca parar.



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