terça-feira, 16 de outubro de 2012


  O filme A Origem é uma ficção na qual mostra como os sonhos podem ser controlados e manipulados,  conseguindo extrair ou implantar informações.

  Podemos notar uma ligação muito clara do filme com o texto “O que é virtual?”, de Pierre Lévy. O autor se refere em seu texto que o virtual é algo real e produzido, o que muitos não concordam. Por sua vez o virtual se opõe ao atual, é algo impotente e que não pode ser materializado. O sonho, mostrado no filme, pode ser considerado uma metáfora ao virtual. Uma comparação a algo que não existe fisicamente, mas nem por isso deixa de existir. O sonho, assim como o virtual, sofre por conta da sua impotência, que no momento em que deixa de existir e começa a se concretizar deixa de ser apenas sonho e virtual. 

Pierre também fala sobre seu conceito de atualização, que é o ato de fazer a realização do virtual, o ato de concretizar o que antes só acontecia em pensamento ou de forma inanimada.
A ligação que a atualização tem com o filme é o pela tentativa que os personagens tem de se concretizar o desejo de se conseguir roubar os segredos ou de implantar novas informações na mente das pessoas.


Outra teoria é a da realização, que é o estado pré-definido. O estado que não domina e que não tem como mudar. A realização pode ser representada no filme pela sensação de morte nos sonhos, que causa, consequentemente, o despertar da própria pessoa dona do sonho.  

O filme "A origem" e os conceito do livro "o que é o virtual?"


O filme "A origem"  britânico Christopher Nolan  e a relação com o livro "O que é virtual?" do filosofo francês Pierre Lévy. E adiante está a relação do filme e os dos conceitos do livro entre o virtual, real, atual e a virtualização.




Tudo que não é real é virtual, mas virtual pode se tornar real. Tudo que não é material é virtual ele não se opõe ao real. Em relação ao filme “ A origem” o virtual era os sonhos dos personagens, durante o sonho tudo era real, mas era o real do sub consciente é outro tipo de realidade. O virtual é sempre produzido, mesmo quando temos a ilusão de sentir a materialização dele, no filme aplica-se varias vezes, que você fica confuso sem saber se ele está no sonho ou no real, porque o sonho é real, mas o real diferente, tanto que até no final do filme você fica sem saber  se o encontro com os filhos é real ou é mais sonho do personagem Cobb (Leonardo diCaprio).
No atual é relacionado com algo que seja de verdade, algo que seja concreto e material, totalmente ao contrário do virtual. A atualização é a materialização dos planos, ela é a solução para os problemas, no filme ele aparece na cena em que Cobb planta a idéia na mente do imperador.
A virtualização  ela ocorre quando surgi um problema na atualização e para consertar esse problema é preciso encontrar uma nova solução para dar certo o que foi esperado. No filme esse momento surge quando o herdeiro acha um modo de criar uma defesa para o corpo dele e faz com que fique mais difícil que Cobb implante a idéia que deseja.

Relacionando o filme "A Origem" com o texto "O que é virtual?".


O filme “A Origem” fala de pessoas que compartilham sonhos com outras pessoas, e dentro deste sonho compartilhado, os segredos dessas pessoas são guardados e materializados, em um local de difícil acesso, no filme ele trate esse local como um cofre. O personagem Cobb, interpretado por Leonardo diCaprio, é especialista em roubar os segredos dessas pessoas enquanto elas estão sonhando, só que no decorrer do filme ele assume uma missão, ele vai ter que em vez de roubar segredos, vai ter que plantar uma idéia na mente de uma pessoa, sendo que essa pessoa teria que achar que foi uma idéia dela mesma.

 Relacionando o filme “A Origem” com o texto “O que é virtual?”, de Pierre Lévy, o virtual é real, tudo que existe hoje, a tecnologia e tudo mais, um dia já foi virtual e hoje é real. Tudo que não é material é virtual, no filme o que era virtual era os sonhos dos personagens. Quando os personagens estavam sonhando era real, mas era outro tipo de realidade.
No conceito de atual, seria algo que seja de verdade, algo material e concreto, no caso do filme seria o momento em que o Herdeiro Robert termina afirmando para seu tio que irá dividir o império deixado pelo seu pai.
O conceito de realização é a ocorrência de um estado pré-definido, ou seja, são coisas que vão acontecer mesmo que a gente não queira, como por exemplo, o sol nascendo. No filme se pode ver um caso de realização, acontece quando os personagens acordam de um sonho, ou seja, eles não podem controlar o momento que acorda.
No conceito de atualização, seria uma invenção de uma solução exigida por um complexo problemático, ou seja, a solução de um problema, seria uma saída para que o desejo fosse realizado, no caso do filme o personagem Cobb consegue implantar a idéia no imperador, e finalmente Cobb chega em casa, e tem sua presença física para os filhos.
No conceito de virtualização, passa de uma solução a um outro problema, ou seja é um problema dentro da atualização, e tem que ser feito algo para chegar ao propósito. No caso do filme seria a defesa criada pelo corpo do herdeiro, que acaba dificultando a implantação da idéia que Cobb deseja fazer.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A Origem e Pierre Lévy

 

No livro O que é o virtual?, o filósofo francês Pierre Lévy aborda o fenômeno da virtualização à luz da relação entre a comunicação virtual e as características da sociedade contemporânea. Irei adiante levar em conta somente os conceitos de Virtual, Atual, Atualização e Virtualização do livro.

 

 

O Virtual

Pierre Lévy defende que o virtual não se opõe ao real. É encarado pelo autor como uma maneira de ser diferente do possível e do real. Portanto pode-se definir o real como “o que existe”, enquanto o virtual seria “o que ainda há de existir”. Podemos ver esse conceito aplicado ao filme como o mundo dos sonhos, a realidade os sonhos em si.

Realidade dos Sonhos

O Atual

O conceito de atual consiste em algo que está em ato, que está acontecendo neste exato momento. Esse conceito é bem mais complicado de ser aplicado, pois em tantos níveis do sonho fica difícil durante o percuso dizer o que realmente, ou mesmo, de fato está acontecendo. Porém se esse conceito puder ser aplicado ao que acontece e não ao que de fato está acontecendo, então o filme todo é atual.

O Virtualização

A virtualização é um dos principais fatores de criação da realidade, e aqui o virtual existe e produz efeitos. Logo, o movimento de virtualização implica irreversivelmente nos seus efeitos, indeterminação no seu processo e invenção/criação do seu espaço. Isso no filme se aplica quando as pessoas passam a criar a realidade. Não só isso, eles passam a acreditar que o sonho é a realidade.

Assim podemos dizer que a virtualização não é um fenômeno da contemporaneidade, pois antes das tecnologias eletrônicas, já existiam vetores de virtualização, como a imaginação, a memória, o conhecimento e a religião. A virtualização também pode ser definida como o movimento inverso da atualização.

A Desvirtualização

Bom tendo o filme como base a desvirtualização seria o offline, porém como o próprio filme mostra, por diversas vezes por sinal, algumas pessoas tem dificuldade para abrir mão dessa realidade. Eu ao contrário sei muito bem da importância do offline, então um abraço e até o próximo post! 
 
 

 

A Origem. Real, virtual e atual?



O filme “A Origem” é bastante enigmático e a história gira em torno de um mundo onde é possível entrar na mente humana. Os personagens tem a função de entrar nos sonhos das pessoas e roubar sua idéias, seus segredos e tudo que é idealizado no sonho. O personagem principal é Cobb e ele juntamente com uma equipe aceita a missão de invadir o sonho de Richard Fischer, herdeiro de um império econômico, e plantar uma idéia na mente dele, sendo essa a de desmembrar o império do pai.

O filme se relaciona de forma visível com o texto “O que é virtual” de Pierre Levy, pois podemos identificar o virtual e o atual em alguns pontos do filme. O virtual é real, porém ele se opõe ao que é material. Já o atual é solução do enigma que está sendo tratado no virtual. A virtualidade e a atualidade são ambas reais, porém são retratadas de formas diferentes durante o filme.  

Pode-se dizer que a idéia que Cobb vai implantar na mente do herdeiro para que ele venha a dividir o seu império é virtual, pois é uma idéia que é real. O atual também é identificado durante o filme, na cena em que Cobb consegue voltar para seu país e encontrar seus filhos. Nessa cena podemos ver a solução do problema que o personagem teve que passar durante todo enredo do filme. 

A Origem



O filme retrata uma ideia em que pessoas podem compartilhar sonhos com as outras e dentro deste sonho compartilhado, seus segredos são materializados e guardados em algum lugar dentro daqueles, quase sempre em locais de difícil acesso e com segurança alta, tais como cofres por exemplo. Então a história relata do personagem Cobb que é um especialista em roubar os segredos das pessoas através de seus sonhos. Após provar sua capacidade para um cliente em potencial muito poderoso, ele recebe a encomenda de fazer algo quase impossível, em vez de roubar a ideia, ele teria que “plantar” uma na mente de alguém, de maneira que este achasse que aquela fora uma ideia própria.

Relacionando o filme com o texto “O que é o virtual” de Pierre Lévy, podemos identificar o virtual como sendo o sonho dos personagens, pois o virtual é uma forma de ser real, é uma produção dos desejos e de certa forma é real. O virtual só se opõe ao atual, pois o atual é a materialização, ou seja, é quando eles estão acordados. O virtual e o atual são duas maneiras de ser diferente, o atual é a criação para sua resolução que no virtual é visto como um problema. O virtual são as projeções dos personagens em seus sonhos onde só existem em potência e não em ato. O virtual e o atual ambos são reais, porém de modos distintos.

Uma cena do filme que podemos destacar é na hora que eles vão ao homem que faz os químicos e ele mostra as pessoas dormindo e então o personagem pergunta: “Eles vem aqui pra dormir?” E o outro responde: “Não, eles vem aqui para acordar”. Ou seja, aquilo é a vida deles, é o desejo dessas pessoas de estar sonhando e produzindo suas vontades. É como se o virtual fosse a realidade deles, e o Pierre Lévy fala que o virtual é real. O virtual tende a atualizar-se, sem ter passado, no entanto à concretização efetiva ou normal, como podemos ver na cena em que a personagem mulher do protagonista se mata pensando que estava sonhando e na verdade ela estava acordada. O virtual é tão real de fato que ele tende a atualizar-se como Pierre Lévy fala.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Irreal real



Há quem diga que o filme "A Origem" é o pior que já se viu. Há aqueles que o acham complexo, interessante, tediante, exagerado. Há até aqueles que têm certeza de que o roteirista e diretor, Christopher Nolan, ao escrever o filme, leu Pierre Levy.

Em sua obra, "O que é virtual", o filósofo, sociólogo e antropólogo, Levy, nos apresenta alguns termos, e os define, tais como: o que é virtual, atual, atualização e virtualização . Para explicar esses termos, utilizarei alguns enredos do filme.

Agora, o que é virtual???
Para entrarmos no conceito de virtual, devemos perpassar o conceito de real, que, pra Levy, é tudo aquilo que está acontecendo no momento. O virtual, por sua vez, se encaixa perfeitamente dentro dessa definição, já que, para o filósofo, o virtual são planos para algo que, de fato, venha a acontecer. O virtual é sempre produzido, mesmo quando temos a ilusão de sentir a materialização. Apesar de ser um conceito complexo, aplicando-o ao filme, podemos ver o virtual quando Cobb têm um plano maior, que é chegar conseguir chegar em casa para seus filhos ou na ideia da implantação, pelo sonho, de uma ideia na mente do imperador.

Continuando nos conceitos, passsamos agora para o que é atual!
Atual é o concreto, o paupável. É exatamente por isso que o virtual se opoe a ele, pois um plano só pode ser concreto depois que for feito, depois de se materializar, e é nesse quesito que o atual se encaixa! No filme, podemos identificá-lo quando no fim, o Cobb consegue o que queria, consegue o seu desejo, seu plano: chegar em casa e estar com seus filhos.

Atualização é exatamente o processo entre o virtual, o plano, e o atual, a materialização desse plano. É uma solução para o problema, ou seja, uma saída para que o plano possa de fato ser realizado. No filme a atualização aparece durante a implantação da ideia na mente do imperador. Só assim, terminando a tarefa dada, que o personagem principal, Cobb, conseguirá chegar ao seu desejo.

Por último vêm a virtualização!
A virtualização é quando ocorre algum problema dentro da atualização e é preciso encontrar uma nova solução para que seja possível chegar ao objetivo. Cobb, durante o processo, acaba caindo no limbo. Isso foi uma virtualização pois acabou retardando-o a chegar aonde ele queria. Porém, ele conseguiu encontrar uma nova solução, e assim voltou para sua casa.



"Semente"


"Porque semeiam  ventos e segarão tormentas."
(Oséias 8:7)
O filme A Origem foi um projeto que o roteirista/diretor Christopher Nolan começou a trabalhar há dez anos. Quando ele se interessou pela ideia de fazer um filme sobre sonhos e sobre a relação entre nossa vida real e nossa vida no sonho. De acordo com a nossa experiência, a ideia que sempre lhe fascinou sobre sonhos é criada pela nossa própria mente. Para um cineasta é um mundo ideal para ser lidado.
No filme a narrativa linear do sonho é primordial, os chutes são a peça principal. Segundo relatos de Emma Thomas, produtora do filme, “o roteiro em si não foi algo que ele escreveu oito anos atrás e guardou na gaveta sem tocar. Temos como elementos da narrativa linear: de dois em dois anos, no final de cada filme ele voltava, mexia e pensava um pouco mais”.
Ao longo dos anos ele tentou escrever versões diferentes. Tentado escrever como um pequeno filme. E o que ele sempre percebeu foi que quando você começa a entrar na ideia que a mente humana pode imaginar, o mundo que pode ser criado, queremos ver isso em grande escala. O material exige essa abordagem em grande escala.
O roteirista/diretor Christopher Nolan, usa o conceito de Pierre Lévy que diz que “a árvore está virtualmente presente na semente. E que o problema da semente, é fazer brotar uma árvore. A semente “é” esse problema, mesmo que não seja somente isso. Isto significa que ela “conhece” exatamente a forma da árvore que expandirá finalmente sua folhagem acima dela. A partir das coerções que lhe são próprias, deverá inventá-la, coproduzi-la com as circunstâncias que encontra”.
Foi exatamente o que o personagem Cobb fez. Plantou uma ideai (semente) na mente de Fischer sem saber se iria brotar nele uma reação favorável ao objetivo de quem lhe contratou. Sendo assim, o virtual passa a ser real e a virtualização passa a ser atual.

O Filme a Origem foi muito prazeroso assisti-lo mesmo ainda muito confuso na minha cabeca.
A origem parte da ideia de que todos os persongens do filme podem compartilhar um mesmo sonho com outras pessoas dentro deste sonho compartilhado; ai onde comeca o enredo de toda a historia. Cobb interpretado por Leonardo Dicaprio 'e especialista em roubar os sonhos mais secretos que podem existir se 'e que existam.Mas ele vive um atormentado dilema de tanto ele invandir os sonhos das pessoas perdeu o grande amor da sua vida que nao soube mais o que era real e virtual, devido ao compartilhamento dos sonhos. Bom ela morre e Cobb 'e acusado de te-la matado e por isso ele 'e impedido de entrar nos Estados Unidos e encontar seus filhos Filipa e James, vive esse drama do dificil reencontrro com a familia.Antes desse possivel desejo ser realizado, ela fora contratado para implantar uma ideia no sonho de um herdeiro(Fischer) para que este acabe com a heranca.
Nao sei se chegarei perto do esperado tratando-se da relacao do filme A Origem com o texto do Pierre Levy, principal teorico desta tematica.
Entende-se por virtual o que nao possui materialidade, no filme isso 'e identificado quando Cobb sonha em reecontrar os filhos dele, tornando-se um problema devido aos diversos obstaculos que ele temque ultrapassar como a IDEIA que Cobb precisa implantar no sonho do herdeiro (ATUALIZACAO). Consequentemente essa ideia torna-se um trantorno devido o bloqueio que o Ficher tem protejendo-o de possiveis invasores de seu sonho VIRTUALIZACAO)  ou seja, nao tendo um fim para a resulucao dos problemas. Acredito ou quero acreditar que Cobb chega sim ao atual ao mundo real propiramentedito quando ele reecontra seus filhos Fillipa e James e consegue voltar para os Estados Unidos mais precisamente Los Angeles.

Inceoption

Conceitos de Pierre Lévy no contexto do filme A Origem:




Virtual: o principal traço de "virtual" no filme além do conceito do sonho é a ideia que deve ser implantada na mente do herdeiro. O desejo de Cobb de voltar para sua casa nos EUA e rever os seus filhos Phillipa e James também é "virtual".
Real: Tudo que é virtual também é real, esse conceitos, ao contrário do que afirma o censo comum, são complementares e não opostos.
Realização: está no subconsciente dos personagens, no processo de sedação e nas sensações como aquelas de vertigem causadas por um "chute", ou o mergulho na água que faria com que o atingido acordasse do sonho.
Atualização: passou em algum momento pelo campo do virtual, está em todo o processo da formação da ideia até a sua realização.
Virtualização: passa de uma solução dada a um novo problema. O imprevisto é apresentado quando se descobre que a mente do herdeiro é militarizada e treinada para não receber inserção de idéias, a partir de então, busca-se novas soluções para erradicar o problema, essas soluções encontradas simbolizam o processo de "virtualização".
Atual: representa a materialização da ideia. O herdeiro Robert Fischer termina afirmando para o seu tio que irá dividir o império deixado por seu pai.

A origem - Virtual.

No filme a Origem dirigido pelo diretor Christopher Nolan, fala-se em um novo conceito, o de poder invadir a mente de outra pessoa e conseguir atingir sua consciência.
O personagem principal Cobb é um mestre nessa área de invadir a mente, quando Saito um grande empresário, o contrata para fazer um serviço , não o de extrair informações , mais sim de plantar uma ideia na mente de um herdeiro, o qual é o seu maior concorrente.
Atribuindo os conceitos de Pierre Lévy ao filme peguemos o personagem Saito para analisar.

Saito é um grande empresário e sua grande ambição é destruir a concorrência para assim formar um grande monopólio em seu ramo, com isso contrata Cobb. A ideia de ter esse monopólio é o virtual . A atualização desse virtual é a contratação do Cobb com a finalidade de implantar a ideia de que o herdeiro tem que acabar com império deixado pelo pai. 
Quando começa a missão Saito leva um tiro e por ter tomado um sedativo muito forte para que se pudesse entrar na mente do herdeiro juntamente com os outros, não consegue acordar do sono por isso ele vai para no LIMBO, é um estado que se encontra com o subconsciente nu e cru sem ter o menor porder sobre ele, esse processo é a virtualização , é algo que Saito não previa e que teve passar para alcançar o atual.
Cobb consegue implantar a idéia na cabeça do herdeiro e salva Saito do LIMBO, assim Saito consegue chegar no atual que é o herdeiro com a convicção que precisa destruir o império do pai , assim o empresário consegue o monopólio.

Pierre Lévy e A Origem




O filme A Origem nos mostra o personagem Cobb (Leonardo Dicaprio), que tem como objetivo principal implantar uma ideia na cabeça de Richard Fisher (Cillian Murphy). A ideia é de que ele derrube o império criado por seu pai, tendo como consequência o fim da concorrência com outra empresa. O método que Cobb vai usar para alcançar o seu objetivo é entrando no sonho do Richard. 

Relacionando o filme com o texto de Pierre Lévy, podemos identificar que o ponto principal do filme, que nós podemos identificar como virtual é a ideia que o Cobb deve implantar na mente de Richard. Quando a ideia for implantada na mente de Richard e ele acordar, ela vai se tornar real. Outro ponto virtual do filme é o desejo do Cobb de voltar pra casa. E durante todo o filme, ele passa por um processo de atualização até atingir o objetivo dele. 

Outro conceito que podemos identificar no filme, é o de Realização, que é tudo aquilo que nós não dominamos. É aquilo que está no seu subconsciente. Podemos ver isso claramente na cena que o Cobb leva a Ariadne para o sonho dele, e aparecem várias pessoas encarando-a e tentando ataca-la. Todas aquelas pessoas fazem parte do subconsciente do Cobb e ele não é capaz de ter um controle da situação.

O Estar Perto Ainda Tem Importância?
A confusão de ideias pode ser prazerosa quando buscamos respostas sobre como funciona o processo de comunicação em nossas vidas. Quanto mais o tempo passa, torna-se menos necessário a presença do material, o corpo físico. Estar junto tornou-se bem diferente de estar perto.
No filme A Origem(Inception, Eua / Reino Unido, 2010) temos vários exemplos do que seria mundo virtual e mundo real. O virtual é diferente do real. Ele se torna uma das formas de ser da realidade. É o que existe em pensamento, produzido a todo instante pela nossa mente. Pode ou não haver uma materialização do virtual. Ele pode ou não trabalhar para se tornar atual. O atual é o material, aquilo que um dia foi virtual, passou por um processo de atualização, que nada mais é do que o caminho percorrido para chegar ao atual.
No enredo do filme, podemos observar esse processo virtual-atualização-virtualização-atual em dois principais contextos. Cobb, arquiteto e personagem principal, se vê sem opção para conseguir o maior desejo de sua vida: voltar para casa. O virtual é o desejo de estar com seus filhos novamente.
 Para que isso aconteça, ele precisa realizar uma inserção. O objetivo é inserir uma ideia no subconsciente de uma pessoa, e essa pessoa precisa acreditar que essa intenção partiu dela mesma. Cobb e sua equipe conseguem penetrar no sonho das pessoas e mexer com suas zonas intermediárias, que ficam entre o consciente e o subconsciente. O herdeiro Fischer precisa destruir o império construído pelo seu pai, que já faleceu. Essa é a idéia. Para que isso aconteça, Cobb conta com a ajuda de várias pessoas. Eles projetam sonhos e dormem dentro daquelas projeções. Dormindo a mente pode fazer quase tudo, inclusive implantar uma idéia. O virtual é justamente os problemas que acontecem do desenrolar da história. As atualizações são as soluções definidas pelos personagens para conseguirem atingir os objetivos. O fato de Fischer possuir treinamento para impedir que entrem em seus sonhos é um exemplo de problema. E o caminho modificado pela equipe é uma forma de atualização.
A virtualização é a chegada de novos problemas até chegar ao atual. Passa de uma solução almejada, a vinda de um outro problema. O atual traz sempre dificuldades que precisam de solução. É o caminho para se chegar a realidade. No caso do filme o atual se fará quando Cobb conseguir materializar seu objetivo. Os problemas são resolvidos. O atual responderá ao virtual. Todo atual um dia foi virtual.
Essa necessidade de estar perto fisicamente de seus filhos faz com que o personagem busque caminhos muitas vezes indevidos e perigosos. Ele joga com a sua vida e a de seus colegas almejando sua tão sonhada liberdade.

O SONHO É VIRTUAL OU REAL



 No filme, A Origem o personagem Cobb, se encontra no dilema de viver no mundo que é real e existe de fato ou se aventura num mundo virtual que no longa é apresentado com o mundo por outro angulo através do ato de sonhar.   
irreal dos sonhos, construído aparte suas projeções adquiridas no 
Assim Cobb viver imerso nesse mundo virtual, representado pelas projeções de quem sonhar e configura esse "espaços" com base naquilo já assimilado por seu subconsciente,no mundo real, Cobb criar simulação desse espaços no sonho de quem ele deseja implantar uma ideia.    
Sendo essa ideia trasplantada no sujeito  pelo  ato de atualização apresentado no filme no momento em que os personagens se encontram em umas das camadas de sonhos, construído algo a ser interpretado como real por quem sonhar e ao mesmo tempo no processo de virtualização caracterizado pela imersão em que o sonhador se encontra, estando  num estado sonho numa camada e acordado em outra.

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Os conceitos de Lévy em "A Origem"



Segundo Lévy, no livro “O que é o virtual?”, o virtual é definido como, ao contrário do que muitos pensam, o que existe em potência e não em ato. O virtual está no imaginário, mas ele existe, ele apenas não é concreto, ainda (veremos mais a frente que o virtual pode tornar-se material, concreto, através do processo de atualização, uma vez que o virtual é um complexo problemático que procuramos solucionar, ou seja, transformar em atual).

Relacionando esse conceito ao filme “A Origem”, podemos identificar que o virtual no contexto do filme é a ideia que deverá ser implantada por Cobb (Leonardo Dicaprio) na mente do herdeiro, Richard Fisher (Cillian Murphy), de um império econômico, após a morte de seu pai. A ideia é que o herdeiro desmembre o império, acabando assim com a concorrência com a empresa de Saito (Ken Watanabe), contratante de Cobb.
O objetivo de Cobb na implantação dessa ideia na mente do herdeiro é que a mesma passe de virtual (não concreto) para atual (concreto), ou seja, que  o herdeiro, após acordar do sonho, ponha em prática a ideia de desmembrar o império de seu pai, e para isso, Cobb usa técnicas, através de seu experiência, para alcançar o objetivo. Lévy chama esse processo de virtual para atual de atualização.
O ideal é que esse processo de atualização leve o virtual para o atual, mas é mais comum que a atualização seja direcionada para outro processo, a virtualização (gera o virtual, um novo virtual), ou seja, no meio do processo de atualização surgem novos problemas, nesse caso, teremos que procurar novas soluções (atualização), tendo em mente sempre o objetivo final: o atual.
No filme “A Origem” observamos isso claramente, na trama, no meio do processo de atualização, surgem sempre novos problemas (que devem ser solucionados para o alcance do objetivo final), por exemplo: a esposa de Cobb, que confunde sua cabeça, a defesa criada pelo corpo do herdeiro, que dificulta na implantação da ideia, a “morte” de Saito no sonho, entre outros novos problemas.
Por fim, o filme tem um final subjetivo, onde não temos certeza se o objetivo final (transformação da ideia, o virtual, em algo concreto, o atual – o império ser desmembrado, na prática) é conquistado, uma vez que os personagens mergulham tanto no universo onírico, que fica impossível saber quando estão acordados ou sonhando. Mas, na minha interpretação pessoal, acredito que o objetivo foi conquistado, uma vez que os métodos utilizados (atualização) foram bem convincentes.
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