"Porque semeiam ventos e segarão tormentas." (Oséias 8:7) |
No filme a narrativa linear do sonho é
primordial, os chutes são a peça principal. Segundo relatos de Emma Thomas,
produtora do filme, “o roteiro em si não foi algo que ele escreveu oito anos
atrás e guardou na gaveta sem tocar. Temos como elementos da narrativa linear:
de dois em dois anos, no final de cada filme ele voltava, mexia e pensava um
pouco mais”.
Ao longo dos anos ele tentou escrever versões
diferentes. Tentado escrever como um pequeno filme. E o que ele sempre percebeu
foi que quando você começa a entrar na ideia que a mente humana pode imaginar,
o mundo que pode ser criado, queremos ver isso em grande escala. O material
exige essa abordagem em grande escala.
O roteirista/diretor Christopher Nolan, usa o
conceito de Pierre Lévy que diz que “a árvore está virtualmente presente na
semente. E que o problema da semente, é fazer brotar uma árvore. A semente “é”
esse problema, mesmo que não seja somente isso. Isto significa que ela “conhece”
exatamente a forma da árvore que expandirá finalmente sua folhagem acima dela.
A partir das coerções que lhe são próprias, deverá inventá-la, coproduzi-la com
as circunstâncias que encontra”.
Foi exatamente o que o personagem Cobb fez. Plantou uma ideai (semente)
na mente de Fischer sem saber se iria brotar nele uma reação favorável ao objetivo
de quem lhe contratou. Sendo assim, o virtual passa a ser real e a virtualização
passa a ser atual.
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