quarta-feira, 10 de outubro de 2012

"Semente"


"Porque semeiam  ventos e segarão tormentas."
(Oséias 8:7)
O filme A Origem foi um projeto que o roteirista/diretor Christopher Nolan começou a trabalhar há dez anos. Quando ele se interessou pela ideia de fazer um filme sobre sonhos e sobre a relação entre nossa vida real e nossa vida no sonho. De acordo com a nossa experiência, a ideia que sempre lhe fascinou sobre sonhos é criada pela nossa própria mente. Para um cineasta é um mundo ideal para ser lidado.
No filme a narrativa linear do sonho é primordial, os chutes são a peça principal. Segundo relatos de Emma Thomas, produtora do filme, “o roteiro em si não foi algo que ele escreveu oito anos atrás e guardou na gaveta sem tocar. Temos como elementos da narrativa linear: de dois em dois anos, no final de cada filme ele voltava, mexia e pensava um pouco mais”.
Ao longo dos anos ele tentou escrever versões diferentes. Tentado escrever como um pequeno filme. E o que ele sempre percebeu foi que quando você começa a entrar na ideia que a mente humana pode imaginar, o mundo que pode ser criado, queremos ver isso em grande escala. O material exige essa abordagem em grande escala.
O roteirista/diretor Christopher Nolan, usa o conceito de Pierre Lévy que diz que “a árvore está virtualmente presente na semente. E que o problema da semente, é fazer brotar uma árvore. A semente “é” esse problema, mesmo que não seja somente isso. Isto significa que ela “conhece” exatamente a forma da árvore que expandirá finalmente sua folhagem acima dela. A partir das coerções que lhe são próprias, deverá inventá-la, coproduzi-la com as circunstâncias que encontra”.
Foi exatamente o que o personagem Cobb fez. Plantou uma ideai (semente) na mente de Fischer sem saber se iria brotar nele uma reação favorável ao objetivo de quem lhe contratou. Sendo assim, o virtual passa a ser real e a virtualização passa a ser atual.

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