segunda-feira, 15 de outubro de 2012

A Origem



O filme retrata uma ideia em que pessoas podem compartilhar sonhos com as outras e dentro deste sonho compartilhado, seus segredos são materializados e guardados em algum lugar dentro daqueles, quase sempre em locais de difícil acesso e com segurança alta, tais como cofres por exemplo. Então a história relata do personagem Cobb que é um especialista em roubar os segredos das pessoas através de seus sonhos. Após provar sua capacidade para um cliente em potencial muito poderoso, ele recebe a encomenda de fazer algo quase impossível, em vez de roubar a ideia, ele teria que “plantar” uma na mente de alguém, de maneira que este achasse que aquela fora uma ideia própria.

Relacionando o filme com o texto “O que é o virtual” de Pierre Lévy, podemos identificar o virtual como sendo o sonho dos personagens, pois o virtual é uma forma de ser real, é uma produção dos desejos e de certa forma é real. O virtual só se opõe ao atual, pois o atual é a materialização, ou seja, é quando eles estão acordados. O virtual e o atual são duas maneiras de ser diferente, o atual é a criação para sua resolução que no virtual é visto como um problema. O virtual são as projeções dos personagens em seus sonhos onde só existem em potência e não em ato. O virtual e o atual ambos são reais, porém de modos distintos.

Uma cena do filme que podemos destacar é na hora que eles vão ao homem que faz os químicos e ele mostra as pessoas dormindo e então o personagem pergunta: “Eles vem aqui pra dormir?” E o outro responde: “Não, eles vem aqui para acordar”. Ou seja, aquilo é a vida deles, é o desejo dessas pessoas de estar sonhando e produzindo suas vontades. É como se o virtual fosse a realidade deles, e o Pierre Lévy fala que o virtual é real. O virtual tende a atualizar-se, sem ter passado, no entanto à concretização efetiva ou normal, como podemos ver na cena em que a personagem mulher do protagonista se mata pensando que estava sonhando e na verdade ela estava acordada. O virtual é tão real de fato que ele tende a atualizar-se como Pierre Lévy fala.

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