Marc Augé, etnólogo Frances, foi
o criador do conceito de ‘’não-lugar’’. Augé definia os não-lugares como locais
opostos ao lar, de trânsito e deslocamento abundante, destinados apenas para
passagens, onde a comunicação, a relação com as demais pessoas é
obrigatoriamente superficial, não durável. São lugares destinados para não haver
interações e sim como um meio de ‘’canal’’, de um local para outros. Exemplo desses locais são os aeroportos,
shoppings, supermercados, meios de transportes públicos, entre alguns outros.
Esses espaços não possuem
características pessoais e seus significados são atribuídos previamente. A
sociedade moderna está cada dia mais correndo contra seu próprio tempo, todos
estão necessariamente apressados para suas obrigações no trabalho ou faculdade,
então já que esses locais são para a não permanência, e o tempo torna-se cada
vez mais acelerado, as pessoas tendem a fazer com que todos os lugares,
inclusive o próprio lar, sejam agora não-lugares.
Abaixo, um vídeo que mostra Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo em
uma estação de metrô em Washington, EUA. Onde passou 45 minutos tocando,
vestindo jeans, camiseta e boné. Durante todo esse tempo pouquíssimas pessoas
pararam para ver e ouvir o violinista ‘’de rua’’.
É verdade, hoje em dia, com essa correria, é difícil acharmos um local para chamarmos de "lugar"...
ResponderExcluirÉ interessante até acrescentar que nesses espaços que são definidos "Não-lugar" várias empresas estão aderindo a mídia OUT OF HOME, são aquelas tvs ou painéis digitais que já estão presente em vários elevadores, mercados, filas de bancos, entre outros. Essa mídia possui o intuito de aproveitar esses espaços que normalmente são despercebidos, lugares motivos para stress e descontrair as pessoas, dando informações resumida sobre variedades do mundo.
ResponderExcluirAlém de variedades como diz a Fernanda, assim essas próprias empresas acabam fazendo sua propaganda, o que sempre é percebível.
ExcluirEsse conceito de "não-lugar" está bem relacionado com os espaços de fluxos, dando uma nova utilidade aquele lugar, organizações materiais que permitem práticas sociais... as cidades vão perdendo a identidade, ninguém tem mais tempo para nada e o que somente vale é a super aceleração do tempo
ExcluirAcredito que as cidades não estejam perdendo sua identidade, pois os espaços de fluxos não substituem os espaços de lugar, ou seja, eles se complementam. Como diz o professor André Lemos.
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