sexta-feira, 9 de setembro de 2011

A adaptação ao mundo flaneuriano.




A relação entre o filme e o olhar flâneur, é que em ambos ocorre a adaptação ao mundo em que vivemos. O flâneur e ser que observa o mundo que o cerca de maneira real e descritiva, levando a vida a para cada lugar que vê. O flâneur descreve as cidades, as ruas, os becos, o externo.
Desvincula-se do particular, recrimina o privado, de forma a ver a rua como lar, refúgio e abrigo. Este sentimento flaneuriano reflete a necessidade de segurança do indivíduo, a necessidade de identificação dele para com a sociedade. A rua é seu lar seu mundo. Ali nada é estranho ou prejudicial. O flâneur é um fotógrafo. Pórem além de imagens ele registra idéias, sentimentos e atitudes. Descreve tudo com perfeição e carinho. Ama o mundo exterior e dele faz seu ideal profissional e emocional. Este é o olhar fâneur do século XIX, que representou a angústia da Revolução Industrial e que encaixa-se também sobre olhar flâneur do filme O Terminal.
Pois no filme Viktor Navorski (Tom Hanks), vive praticamente o mesmo, tento o terminal como sua casa, seu lar, passando por adaptações e começando a ver o terminal de maneira diferente, assim ele começa a desvendar o complexo mundo do terminal onde estar preso, tendo seu olhar fâneur sobre ele, começando a perceber coisas nas quais ninguém mais percebe, por passar rápidamente por ele. E nao é apenas o ser que adapta-se ao local, o local também adapta-se ao ser, como retrata o filme no momento em que os remédios de um dos passageiros é apreendido e ele começa ameaçar vários funcionários, mas ninguem entende o que ele fala, pois sua língua era diferente, mas o Viktor entende e consegue resolver tudo, havendo uma adaptação do ser local ao ser também. Ao meu ponto de vista, diria que olhar flâneur é o mundo no qual eu enxergo e vivo ao meu modo, adaptando-se a cada dia á algo novo.

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