sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Nenhum Lugar ou Lugar Nenhum?

O filme “O Terminal” conta uma história interessante sobre um sujeito chamado Viktor Navorski. Durante o vôo que o levava aos EUA, Krakozhia, sua cidade natal, sofreu um golpe de estado e “deixou de existir”. Ao chegar à América, seu passaporte tornou-se sem efeito, logo, não poderia adentrar em território americano. Mas também não poderia retornar à sua pátria, pois ela havia “deixado de existir”. Sem alternativas, Navorski torna o aeroporto sua moradia.

E o que este filme tem haver com o conceito de flanêur? Flanêur, para quem não sabe, é aquele ser que anda pelo mundo observando-o, experimentando-o. Em outras palavras, fazendo da rua seu lar. Bom, agora ficou fácil encontrar a “intimidade” deste ser flanêur com o personagem vivido por Tom Hanks. Navorski, sem outras opções, acaba tornando o aeroporto, local que, por muitos, é apenas de passagem, ou seja, um não-lugar, em seu próprio lugar. Local onde se alimenta, dorme, trabalha...

Este filme nos faz repensar um pouco, e nos faz enxergar o mundo de outra forma. Com ele, podemos descobrir novas formas de usufruir do mundo que nos cerca e o mais importante, aprendemos a olhar, não só para as paisagens, mas para aqueles que nos cercam.

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