quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Cidade Ciborgue

As cidades ciborgues são cidades da ciber cultura, da utilização da internet nos mais diversos dispositivos (computador, celulares, satélites) como meio transportador de comunicação, mas não só isso, mas também como meio de transporte de diversos meios necessários para a manutenção de uma estrutura social, como saneamento, energia e iluminação.

O termo cidade ciborgue é muito complexo pois ele quebra as barreiras do estado físico, sendo composto também de redes de informações virtuais.

Mas para entendermos melhor, devemos primeiro recorrer ao termo “cidade”. Citando o autor André Lemos, vemos que cidades são na verdade um artifício de circunscrição, ou seja, de separação do natural onde homem tenta provar sua humanidade através desta maquina artificializante. Este processo não é próprio apenas da sociedade contemporânea, muito pelo contrario, a necessidade de artificialização do homem vem desde sociedades mais primitivas onde eram também utilizados mecanismos tecnosociais de separação. Ao falarmos de mecanismos tecnosociais podemos entender isto como a cultura. E o homem vê na cultura uma forma de negação do animalesco, uma forma de fugir da condição natural de existência.

Mesmo o homem sempre se utilizando de processos culturais desde da era primitiva para uma separação com o meio natural, é na cidades ciborgues que ele atinge o seu ápice. A sociedade entra em um novo patamar de complexificação, sofrendo um enorme processo de transformação com o advento de novas formas de tecnologias digitais.

Na cibercultura surgem questões como cidades virtuais, governo eletrônico, exclusão e inclusão digital, ciberdemocracia, isto é, as cidades sociais dando mais um passo rumo ao artificial e a total negação do meio natural.





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