O filme "O terminal", cujo roteiro foi escrito por
por Sacha Gervasi e Jeff Nathanson, baseado numa história de Andrew Niccol e Gervasi.
Trata-se de uma narrativa de um homem, chamado Viktor Navorsk, natural da Krakozhia, uma cidade fictícia, que tem seu visto vetado para entrar nos Estados Unidos, pois o seu país, enquanto ele estava viajando, sofreu um Golpe de Estado, e fechou as fronteiras. Ele fica preso no aeroporto de Nova York e lá passa nove meses preso sem poder entrar na cidade.
Uma parte interessante do filme que me chamou atenção é que no "não-lugar" onde ele passa a viver, o que acaba se tornando de fato um lugar, Navosk procura um emprego, convida Amelie Warre, vivida por Catherine Zeta-Jones, para jantar no terminal, consegue se organizar e criar uma casa para viver, enfim, o personagem consegue se adequar ao espaço que até então não era um espaço. Tanto que, quando ele pergunta ao policial o que ele deve fazer enquanto espera, o policial lhe responde que ele deve fazer compras, a única coisa até então que se fazia num terminal.
A ideia do não- espaço acontece de fato na sociedade em que vivemos, já que ao longo dos nossos dias passamos por diversos lugares, ambientes diferenciados, mas não paramos para observar que, de fato, não pertencemos a nenhum deles. Acabamos por não buscar outros lugares e continuar passando e passando sem perceber a complexidade de cada lugar.
Muito bom. O conceito de não-lugar me instiga muito desde sempre. Obrigada pela reflexão.
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