O filme The Terminal (O Terminal) conta a historia de Viktor Navorski, cidadão de um país fictício chamado Krakozhia, localizado no leste Europeu. Durante a viagem para Nova York, o país de Viktor irrompe em um golpe, tornando-o um cidadão sem nação. Sem autorização para entrar nos Estados Unidos e sem pátria para a qual retornar, o único jeito é passar dias e noites no salão de trânsito internacional do terminal Kennedy.
Seguindo o conceito proposto pelo antropólogo francês, Marc Augé, o não-lugar é um espaço de passagem incapaz de dar forma a qualquer tipo de identidade. Poder-se-ia dizer que Viktor passou a viver em um não-lugar? Ou primeiramente, seria possível alguém viver em um local isento de qualquer construção de identidade local?
O que o filme propõe é que mesmo não lugares são passiveis de identidade. Ao passar dias e noites no terminal de transito, Viktor descobre (ou seria melhor dizer, redescobre) o complexo universo local, com uma identidade contraditória (repleta de generosidade, ambição, divertimento, status e acasos) construída por passantes e por ele mesmo.
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