quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O Terminal e seus lugares...



O filme O Terminal conta a história de Viktor Navorski, que resolve visitar Nova York, para assistir ao concerto de um grupo de Jazz do qual seu pai era fã. Porém ao chegar no aeroporto descobre que seu país, sofreu um golpe de estado, sem nacionalidade ele não pode sair do aeroporto nem para voltar para casa. Sua permanência que deveria ser curta, se estende por um tempo maior que o esperado, e Viktor começa a transformar o aeroporto em um lar.
No filme a primeira vista temos a impressão que o aeroporto é apenas um lugar de passagem, um não-lugar. Pessoas apressadas, se movimentando, parando apenas para fazer o checkin, ou para pegar as malas. Para o próprio Viktor o aeroporto começa como um não-lugar. Porém, ele é forçado a permanecer no aeroporto por mais tempo e este passa a ser um Lugar para ele. Aos poucos ele vai colocando objetos, mudando o espaço a sua volta, criando características pessoais naquele lugar.

Ao permanecer tanto tempo, ele acaba conhecendo pessoas que também tem o aeroporto como lugar, os funcionários do terminal por exemplo. Para eles o aeroporto é um ambiente familiar, em que existem amigos, e onde passam a maior parte do tempo, passam mais tempo lá do que em suas casas - essas passam a ser então não-lugares.

Viktor acaba se tornando uma espécie de flanêur, ou seja, um observador. Já que está parado pode ver e observar os outros que estão em movimento e com ele nós que assistimos o filme.

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Maira Gall