segunda-feira, 29 de agosto de 2011
Conceituando Não-Lugar.
Em meio a sociedade que vivemos, estamos submetidos o tempo todo ao intenso fluxo de informações. Esta intensidade nos faz viver em função da velocidade. Vivemos em constante correria no dia-a-dia, e estamos cada vez mais nos espaços públicos, o que nos coloca sempre em situação de passagem.
A partir daí surge o conceito de não-lugar. Para Marc Augé, antropólogo francês, não-lugar é um espaço de passagem incapaz de dar forma a qualquer tipo de identidade. São espaços de anonimato no quotidiano, espaços descaracterizados e impessoais, espaços que não são atribuídos quaisquer tipo de características pessoais. São espaços permeados de pessoas em trânsito. Como exemplo temos vias aéreas e ferroviárias, terminais de ônibus, shoppings.
Mas, se pararmos para analisar tal conceito, em determinadas situações o que é não-lugar pra mim pode não ser para meu vizinho e vice-versa, irá depender da bagagem cultural de cada indivíduo. Dessa forma, o não-lugar torna-se subjetivo e particular. Exemplificando: os terminais de ônibus para a maioria das pessoas não passa de um lugar de passagem, mais um lugar na correria do dia-a-dia, mas, para os motoristas dos ônibus que passam o dia todo ali tornam-se lugares importantes, lugares de convívio pessoal.
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Os não-lugares podem tanto ser espaços físicos como espaços virtuais. A internet por exemplo, pode ser um lugar de construção de laços (como é o caso das redes sociais), mas também pode ser um lugar de passagem (como um site de banco).
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