quarta-feira, 24 de agosto de 2011

"Não Lugar"


O conceito de “não lugar”, proposto pelo antropólogo francês, Marc Augé, designa o “não lugar” como um espaço de passagem, incapaz de formar qualquer tipo de identidade. São espaços onde não são atribuídas quaisquer tipo de características pessoais. São espaços completamente reais, contrários a utopia.

Mas, parando para pensar um pouco sobre isso, os “não lugares”, são bastante subjetivos e particulares. Ou seja, eles irão varia de pessoa para pessoa e irá mudar de acordo com a cultura, época e hábitos de cada indivíduo.

Há uns 50 anos, as praças públicas eram exemplos próprios de lugares, pois as pessoas marcavam encontros, namoravam, construíam laços e relações naquele espaço. Para alguns, as praças hoje são exemplos de “não lugar”, pois geralmente as pessoas estão ali somente de passagem e não criam nenhum tipo de ralação entre si. Para os adolescentes atuais, os shoppings são considerados um lugar, mas para os adultos, os shoppings podem ser facilmente considerados como um “não lugar”, pois estes freqüentam esses espaços com a intenção de somente cumprir algumas de suas necessidades.

Mesmo um local onde você freqüente diariamente, pode ser considerado um “não lugar”, pois muitas vezes você está apenas de passagem. Aeroportos, rodovias, terminais de ônibus são os exemplos mais claros de não lugar, mas apenas para aqueles que estão de passagem, pois para os funcionários, estes espaços podem ser definidos como lugares.

6 comentários

  1. Define-se Não Lugar como sendo espaços de anonimato no quotidiano, espaços descaracterizados e impessoais, espaços a que não lhes são atribuídas quaisquer tipo de características pessoais.(...) “Os não-lugares são a medida da época; a medida quantificável e que se pode tomar adicionando, ao preço de algumas conversões entre superfície, volume e distância, as vias aéreas, ferroviárias, das auto-estradas e os habitáculos móveis ditos ‘meios de transporte’ (aviões, comboios, autocarros), os aeroportos, as gares e as estações aeroespaciais, as grandes cadeias de hotéis, os parques de recreio, as grandes superfícies da distribuição”, (...) “a distinção entre lugares e não-lugares passa pela oposição do lugar ao espaço”. (...) “O não-lugar é o contrário da utopia: existe e não alberga sociedade orgânica alguma. E que de dia para dia, acolhe cada vez mais pessoas” (...), sobretudo no grandes centros urbanos actuais, como é aqui o caso, a cidade do Porto

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  2. Sendo assim, pra muitos, o não-lugar é/está em todo lugar.

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  3. Não-lugares são espaços permeados de pessoas em trânsito,onde não são atribuídos nenhuma característica pessoal.

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Um não-lugar pra mim, pode ser lugar pra outra pessoa, se nele ela construir algum tipo de relação...

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