domingo, 28 de agosto de 2011

Realização do virtual?

Pierre Levy afirma em "O que é virtual" que a palavra virtual é empregada com frequencia para significar a ausência de existência.

Simone (2002), filme de Andrew Niccol, retrata a história de Taransky (Al PAcino), que decide criar Simone (Simulatin-One), uma atriz digital para substituir uma real que desistiu das filmagens. Pierre Levy mostra como a história de Simone não está distante da realidade. Ele define o virtual não como oposto de real, mas sim, como aquilo que existe em potência. A criação de “pessoas” virtuais já fazem parte da realidade.


Em 2004, o Fantástico lançou a primeira apresentadora virtual da Globo: Eva Byte. A escolha do nome foi genial, uma apologia a primeira mulher criada por Deus somado a "Byte", um dado usado na informática para especificar tamanho ou quantidade de memória de algum dispositivo.
Eva Byte respondia perguntas dos internautas e em uma delas podemos analisar (satiricamente) a complexidade das relações virtuais.

"Eu queria saber se namoro que começa pela internet tem futuro?

Eva Byte - Eu acho o máximo o namoro virtual, mas se você é de carne e osso e conheceu alguém pela rede, marque logo um encontro real para não cair em armadilhas. O encontro deve ser em lugar público para evitar qualquer risco. Outra dica: peça o telefone logo de cara e ligue para confirmar se o paquera realmente está bem intencionado. Tem muita gente que achou o seu grande amor na internet, mas é preciso ter cuidado."


É espantosamente óbvio que nossa tecnologia excede nossa humanidade (A. Einstein)

4 comentários

  1. Há quem prefira o mundo paralelo da tecnologia, onde tudo é possível. Até aí, tudo bem. Mas se ultrapassa essa "barreira", pode ser prejudicial, ou até mesmo, mortal.

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  2. Ter relações virtuais com seres humanos normais, tudo bem. Mas criar pessoas virtuais, pra que?

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  3. Acredito que ao criar uma pessoa virtual, o sujeito está transportanto o seu ideal para a rede. Nós temos a mania de separar o mundo virtual do real, mas será que atualmente sabemos distinguir a nossa realidade da "vida" virtal?

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  4. Oi, xará! Tudo bem?

    Eu concordo plenamente com a Eva. Conheci meu marido através da internet e somos muito felizes. Escrevi o livro O amor está na rede e o blog homônimo http://www.oamorestanarede.com.br para explicar às pessoas que é possível, sim, encontrar o amor na rede. Mas, obviamente, certos cuidados são necessários.

    O que não pode é ficar só no virtual - tem mesmo que partir para o real depois de um tempo!

    Bacana o post!

    Beijos,

    Erica

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