segunda-feira, 27 de agosto de 2012

História paralelas e conectadas.


Medianeras em seus primeiros minutos faz uma reflexão sobre a arquitetura da cidade onde o filme se passa: Buenos Aries. Mesmo não morando na capital Argentina, depois de ver essa sequencia  de imagens, passamos a perceber mais a nossa cidade, é como se finalmente olhássemos para cima e percebêssemos  tudo que há nela.

Depois desses primeiro momento de observação entramos no mundo de Mariana e Martin, dois jovens que vivem as angustias dessa tal “era moderna” que se encaixa não só com o nosso estilo de vida mas também com uma importante obra de Zygmunt  Bauman, “Amor Líquido”.

Bauman gosta de espalhar por aí que “O advento da proximidade virtual torna as conexões humanas mais frequentes e mais banais, mais intensas e mais breves”. Odeio admitir, mas ele está certo, tão certo que depois de ler sua obra e ver o filme Medianeras é fácil perceber o que Bauman diz através do personagem Martin.

Sua vida é descrita através das consequências de estar sempre em casa, sempre conectado. E é a partir de sua perspectiva que esse jovem rapaz nos faz perceber o quanto sua rotina afeta sua saúde, agrava sua insônia e limita sua interação fora do virtual.

Apesar de morar em uma cidade rodeada de grandes construções Martin prefere ficar em casa disputando espaço e interagindo com o seu universo eletrônico, mas quando finalmente tem que sair de casa, para passear com o seu novo companheiro de quarto, um cachorro, sua rotina muda completamente.  E em um desses passeios com o seu novo “amigo” ele conhece Mariana uma importante personagem desse mundo moderno que tem uma história paralela mas mesmo assim conectada com Martin. 




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Maira Gall