quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Usando o Não-Lugar para chegar em uma Rave


Por mais que o nome possa parecer um conceito abstrato e excessivamente filosófico, o “não-lugar” faz parte do nosso cotidiano. Sim, você estava em um não-lugar quando estava vindo para a UNIFOR!

A idéia de não-lugar foi criada pelo antropólogo francês Marc Augé e é definido como os espaços de transição e onde não existe identificação para os sujeitos lá presentes. Simplificando: você não fica definido pela estrada, avenida, aeroporto onde transitou. Os outros sujeitos lá presentes não conseguem ter uma noção da sua personalidade por aquele ambiente, diferentemente do que acontece se você for visto em uma festa rave.

Assim são os não-lugares. São os espaços freqüentados por todos nós, mas que não passam de locais de pura individualidade e uma solidão conjunta, onde as relações interpessoais são puramente superficiais e os homens se tornam apenas personagens figurantes passageiros, tal qual em um filme ou novela. Eles não marcam a vida das pessoas, são considerados como de pouca importância em uma descrição geral do dia, mas estão inteiramente enraizados no nosso dia-a-dia.

Abaixo, a BR que você pega pra chegar na rave:


Contrariamente, os “lugares” correspondem aos ambientes onde os indivíduos se identificam e se relacionam, seja com seus amigos ou pessoas desconhecidas, mas com algum interesse em comum. Exato, na festa rave, onde todas aquelas pessoas com cordões multicoloridos possuem objetivos em comum ao freqüentar aquele ambiente. É dela que você vai falar no dia seguinte no Twitter: “o lugar da rave ontem foi loco demais V1D4 LOCA 100%!”. E não: “a BR 116 que peguei pra chegar na rave ontem marcou minha vida”.

Abaixo, a rave que te fez feliz e foi seu lugar de paz e tranquilidade (à sua própria maneira, é claro).


Nenhum comentário

Postar um comentário

© SITe
Maira Gall