Por mais que o nome
possa parecer um conceito abstrato e excessivamente filosófico, o “não-lugar”
faz parte do nosso cotidiano. Sim, você estava em um não-lugar quando estava
vindo para a UNIFOR!
A idéia de não-lugar
foi criada pelo antropólogo francês Marc Augé e é definido como os espaços de
transição e onde não existe identificação para os sujeitos lá presentes.
Simplificando: você não fica definido pela estrada, avenida, aeroporto onde
transitou. Os outros sujeitos lá presentes não conseguem ter uma noção da sua
personalidade por aquele ambiente, diferentemente do que acontece se você for
visto em uma festa rave.
Assim são os
não-lugares. São os espaços freqüentados por todos nós, mas que não passam de
locais de pura individualidade e uma solidão conjunta, onde as relações interpessoais são
puramente superficiais e os homens se tornam apenas personagens figurantes
passageiros, tal qual em um filme ou novela. Eles não marcam a vida das
pessoas, são considerados como de pouca importância em uma descrição geral do
dia, mas estão inteiramente enraizados no nosso dia-a-dia.
Abaixo, a BR que você pega pra chegar na rave:
Contrariamente, os “lugares”
correspondem aos ambientes onde os indivíduos se identificam e se relacionam,
seja com seus amigos ou pessoas desconhecidas, mas com algum interesse em
comum. Exato, na festa rave, onde todas aquelas pessoas com cordões multicoloridos
possuem objetivos em comum ao freqüentar aquele ambiente. É dela que você vai
falar no dia seguinte no Twitter: “o lugar da rave ontem foi loco demais V1D4
LOCA 100%!”. E não: “a BR 116 que peguei pra chegar na rave ontem marcou minha
vida”.
Abaixo, a rave que te fez feliz e foi seu lugar de paz e tranquilidade (à sua própria maneira, é claro).
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