terça-feira, 28 de agosto de 2012

Medianeiras

O filme logo no início, já traz a tona toda a melancolia que, mesmo sendo uma capital grande, com edifícios enormes, projetos super desenvolvidos e estruturas bonitas o abatimento de Martyn, o primeiro protagonista que vive enclausurado em seu apartamento, depressivo e inconformado da maneira em que Buenos Aires foi construída e formada. Martyn que trabalha em casa, sai pouquíssimas vezes de seu aconchego, pois está em fase de recuperação. Ele vive conectado, não consegue ficar sem a internet e os benefícios que ela o proporciona, nem na parte em que ele sai e é uma forma de libertação porém, dentro da sua pequena mochila o se "kit de sobrevivência" e claro, computador e Ipod não podem faltar.
Mariana a segunda protagonista e última não tem a vida tão diferente de Martyn, uma jovem arquiteta e tão melancólica e dependente do mundo virtual quanto Martyn. Eles são tão presos a tecnologia que, nem se dão conta que são "vizinhos" e acabam se conhecendo pelo o meio mais amigável dos dois: a internet.

É incrível como a história do filme retrata o nosso hoje em dia. As pessoas estão cada vez mais conectadas à internet e fazem quase tudo por ela. Pagamentos? Pra que esperar horas em filas de banco? A internet está lá pra isso. Encontrar a pessoa amanda então, nem se fala! São milhares de redes sociais e sites que te proporciona a achar o "amor da sua vida", para mim isso é triste. É triste saber que enquanto vivemos a nossa vida está passando e, gastamos muito o nosso tempo em trabalhos e não temos tempo nem de olhar ao nosso redor e focar no valor da vida. A vida está sugando cada vez mais o ser humano e, não temos realmente mais tempo, estamos nos socializando pelo meio da internet.

Bauman em seu tento "Amor Líquido" retrata muito esse fato de que é quase impossível você passar por pessoas e, elas não estejam falando ou digitando no celular, não importa se é um passeio a dois, ou em um jantar de família, haverá sempre alguém conectado. Acaba afastando as pessoas naquele momento e aproximando as pessoas conectadas.

Mas é assim mesmo, como retrata no filme, há casos e muitos deles como vimos. Pessoas apaixonadas e conectadas pelo computador sem saber que moram do lado.

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