segunda-feira, 20 de agosto de 2012

solidão em movimento.

Augé criou o conceito de não-lugares, espaços ambivalentes, de passagem, que não causam naturalmente a sensação de você fazer parte daquele lugar, não gerando assim identidades para os mesmos. Um espaço de transição, onde não criamos nenhum vínculo com o lugar. São espaços impessoais, descaracterizados.
Outros exemplos de não-lugares, além dos aeroportos, são os supermercados, os metrôs e os quartos de hotéis. É um conceito interessante porque é derivado e parente próximo da noção de exclusão que permeia a visão urbanista contemporânea. Na ânsia de excluir-se o diferente, o velho, o sujo e o tédio, em alguns casos acaba-se excluindo a si mesmo dos lugares. E os transformando em não-lugares.

(...) “a distinção entre lugares e não-lugares passa pela oposição do lugar ao espaço”. (...) “O não-lugar é o contrário da utopia: existe e não alberga sociedade orgânica alguma. E que de dia para dia, acolhe cada vez mais pessoas”. No fundo, o não lugar é uma nova forma que a sociedade tem para viver. Mas o retorno ao lugar pode ser o sonho dos que frequentam os não-lugares. De estarem inclusos e poderem ter identidades, fazendo parte da comunidade.




"Um grito de liberdade para a multidão, pois ele não agüenta mais viver sozinho na escuridão!"
"Todos os dias, em vários lugares, milhares de pessoas se cruzam mas não se falam, pois não se conhecem, e nem ao menos se importam com isso."



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