quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O Virtual EXISTE.


Será? 
Bem, há uma concepção de que “virtual” remete a algo oposto ao real. É um termo que, às vezes, é entendido como algo ilusório, imaginário. Quantas vezes já ouvi meu pai dizer “Thais, sai desse computador! Acorda pra vida!” Acorda pra realidade. Porém, nos “tempos líquidos” em que vivemos, o virtual é cada vez mais real... e mais falso. Quiçá um simulacro da realidade. No entanto, em programas como o Skype, por exemplo, a experiência é muito palpável. Ver e conversar com uma pessoa que está tão distante é a realidade pra muita gente. 

A palavra virtual vem do latim “virtus”, que significa potência.
Para Pierre Levy, o oposto de virtual é o atual. O atual é justamente a presença de algo, enquanto o virtual é uma potência. É como se o virtual fosse algo que tem o potencial de acontecer, de se “atualizar”. Uma radiografia, por exemplo, é uma representação; uma espécie de projeção. Levy diz que o virtual muitas vezes não está presente, assim como nunca estamos totalmente engajados em uma conversa via internet. Há outras distrações, inclusive a de não querer responder àquela pessoa naquele exato momento. 

O virtual derrubou barreiras, cruza fonteiras incessantemente. Não tem lugar fixo e nem endereço. Contudo, “O fato de não pertencer a nenhum lugar [não] impede a [sua] existência.” (Levy, p. 20)




Fonte: “O que é virtual?” - Pierre Levy

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