Tudo não passou de um sonho?

No filme A Origem, em um mundo onde é possível entrar na mente humana, Dom Cobb está entre os melhores na arte de roubar segredos valiosos do inconsciente, durante o estado em que a mente se encontra mais vulnerável, o sono. 

No início do filme, Cobb e seu braço direito Arthur estão em uma invasão na mente do poderoso empresário japonês Saito, mas quando finalizam a missão, Saito revela que tudo não passava de um teste para medir a capacidade dos dois naquele mundo, e fazer uma proposta de inserção, onde ao invés de retirar uma idéia ou segredo da mente, implantar uma no subconsciente da vítima. Se Cobb aceitar, Saito fez uma promessa de que ele poderá rever os filhos novamente, que teve de abandonar pois era um fugitivo devido à morte da sua esposa Mal. Nessa situação, nota-se o virtual, onde a proposta de inserção apesar de estar feita, não se materializou e não sabe-se como realizá-la ou se dará certo.

Essa proposta foi feita para que o empresário Fisher tenha uma outra imagem da relação com seu pai - que faleceu deixando todo a herança para trás - mude, para assim dividir o império. Proposta aceita, agora o próximo passo é reunir uma equipe altamente qualificada, criar um plano e executá-lo. Ou seja, para que o virtual se materialize, é necessário um processo de atualização, que em A Origem é o processo de pesquisa e criação.

Cobb, Arthur e toda a equipe conseguem entrar no subconsciente de Fisher, mas acontece algo que nenhum esperava: sua mente estava militarizada, onde apareceram atiradores que formavam a defesa. Com isso, percebe-se o processo de virtualização, onde é necessário um novo plano para solucionar os problemas que apareceram.

Depois de todo o filme, o plano de implantar uma idéia na mente de Fisher foi completado com êxito e Cobb pôde, enfim, retornar para os EUA para rever seus filhos. Assim, o virtual se concretizou, o plano que havia sido criado no início, deu certo, criando o que é o atual.

 A Origem - Jéssika Saraiva