O filme retrata a insegurança e o medo da exposição em que vivemos no mundo moderno.
Onde preferimos nos fixar no seguro, onde conseguimos ter o controle da situação. As pessoas hoje não se jogam mais no desconhecido sem pensar, sem analisar e sem verificar onde realmente estão pisando.
Os dois personagens principais do filme((Martín e Mariana) vivem nessa situação. Trancafiados em seus mundos, com fobia da realidade e sem querer enfrentar a insegurança do real do novo e do ariscado. Sós , no meio da multidão.
e è exatamente disso que o filme trata de como nós estamos sós ,mesmo estando rodeados por todos.
Quem tem coragem de ser tudo o que quer e expressar tudo o que é sem nenhum medo de rejeição ou do não?
Dificilmente a porcentagem será favorável, para uma pergunta como esta.
Nós preferimos o seguro, nós escolhemos que parte queremos mostrar e como queremos ser visto, Isso é bem mais facil de ser controlado no mundo digital, onde voce tem controle sobre o que quer e como quer ser visto, perante ao mundo.Sem riscos , sem enfrentar o desconhecido, analisando tudo e a todos.
Relacionando com o texto "amor liquido", quando Bauman define a relação de bolso como algo em que se lança mão caso já não se tenha mais segurança, caso já não seja mais válido. Uma relação de bolso se define na instantaneidade.
Ou seja no seguro, ela vai até o momento em que você não perde o controle , que a situação não cai do seu bolso.
Os dois personagens possuem fobia social, cada um por seus motivos pessoais, assim preferindo a segurança do meio digital e é por la, que eles se conhecem.Mesmo sendo vizinhos e se esbarrando pela cidade não se reconhecem, pois estão imersos em suas cegueiras branca.
Até que se conhecem através de um chat na web e por meio desse passam a trocar mensagens.
No final do filme ela, através da janela ,Mariana ver Martín na rua e assim os dois se encontram , assim acaba o filme, justamente no momento em que os dois precisaram enfrentar o mundo real, onde precisaram enfrentar seus medos e encarar os seus verdadeiros ''eu".
Nenhum comentário
Postar um comentário