A que ponto a modernidade e tecnologia nos trouxe... Nos dias em que é mais fácil ter contato com alguém virtualmente que sentar a mesa e jogar conversas fora e assim criar um laço, um vinculo, que seja significativo. Bauman diz que cultivamos relacionamentos vazios, superficiais, os quais não nos aproximamos uns dos outros realmente. Vivendo na era em que priorizamos quantidade ao invés da qualidade, não temos tempo ou não queremos "perder nosso tempo" criando laços afetivos com os que nos rodeiam ou poderiam nos rodear (por poderem entrar em nossas vidas), por termos medo de nos machucar ou sofrer por tal pessoa/relacionamento, ou por não termos tempo, e como escudo, usamos nossa vida virtual, onde temos a segurança de que, sem o contato constante, as pessoas que lá me conhecem, só saberão das coisas (informações) que eu disponibilizo.
Como é o caso representado no filme Medianeras. Martin e Mariana que moram na mesma quadra, andam nos mesmos lugares, e tem suas janelas uma em frente da outra, tem os mesmos gostos e anseios, e ainda assim não se encontram de verdade até o final do filme, por estarem "ausentes" em seu próprio mundo individual-virtual-particular, onde tem medo de afeto e proximidade por seus motivos especificos. Não criando laços com as pessoas por dar muito trabalho, ou terem fobia de contato, querem encontrar a tal pessoa especial (um ao outro) mas não se fazem abertos a experiência de relacionar-se verdade, fazendo assim que percam a oportunidade de se conhecerem pessoalmente.
Como lidar com nossas vidas virtuais, sem que elas interfiram em nossas vidas físicas e assim não aconteça conosco o que aconteceu com Martin e Mariana? Como nos fazer presentes quando é mais fácil ter relacionamentos virtuais sem preocupacão e o stress do dia-a-dia que é o que fazem os relacionamentos terem sentido por mais que seja como naquele ditado: "Foi o que fez-nos ser o que/quem somos hoje". Aí em baixo vai uma dica:
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