segunda-feira, 4 de março de 2013

Medianeras, retrato da vida real.



Somos aproximadamente 8 bilhões de pessoas espalhadas pelo mundo. Na verdade, "somos um alguém, perdido entre milhões." A cada minuto, somos bombardeados de informações  vindas de lugares diferentes e ao mesmo tempo. E com o avanço da tecnologia dos meios de comunicação, essa instantaneidade com que as informações chegam até nós está cada vez mais rápida. É possível saber de algo que ocorreu do outro lado do mundo, sem nem mesmo sair do lugar. Assim funciona o mundo hoje. 

E assim é mostrado no filme Medianeras. O filme retrata a história de dois jovens, Martin e Mariana, que possuem vidas distintas, são praticamente vizinhos, nunca se cruzaram fisicamente e iniciam um relacionamento virtual. Até chegar o ponto em que finalmente se encontram, mas permanecem isolados em mundos distintos. Algumas cenas mostram isso, como por exemplo a de quando ela está na casa dele mas ao mesmo tempo está conversando por mensagem no celular com sua amiga. Ou seja, é um estar presente mas ao mesmo tempo ausente.

Podemos relacionar o filme com o texto de Bauman, onde ele diz: "A realização mais importante da proximidade virtual parece ser a separação entre comunicação e relacionamento...  'Estar conectado' é menos custoso do que 'estar engajado' - mas também consideravelmente menos produtivo em termos da construção e manutenção de vínculos.

Uma frase que é dita no filme resume completamente a realidade: "A Internet nos aproxima do mundo, mas nos distancia da vida."  De fato, isso acontece. Com a internet tudo ficou mais fácil, em apenas um clique. Podemos pagar contas de bancos, comprar produtos e comida, ler jornais e revistas, ouvir músicas, baixar filmes, estudar, namorar.. É uma infinidade de opções.

Mas devemos parar e pensar: Vale realmente trocar o mundo real pelo virtual? Até que ponto isso pode ajudar ou atrapalhar as nossas vidas. Tudo deve ser controlado, devemos sim aproveitar as vantagens que a tecnologia nos oferece mas ao mesmo tempo aproveitarmos a vida presente, o contato face-a-face, a troca de sentimentos, a criação de vínculos, relacionamentos.

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