segunda-feira, 4 de março de 2013

Se Desconectar para Conectar


As semelhanças entre o texto “Amor Líquido” e o filme “Medianeras” é claramente notada. O filme se torna uma extensão visível do texto, em algumas partes a gente consegue visualizar trechos do livro.
       Os dois tratam sobre o efeito que a internet tem na vida das pessoas atualmente. Falam como as pessoas estão conectadas no mundo virtual e desconectadas no mundo real. Como em uma cena do filme, é estar sem estar, que a moça, que passeia com os cachorros, passa a noite toda no celular trocando mensagens, deixando de ter uma relação palpável com Martin. Ou seja, ela se encontra só de corpo ali, a mente e os pensamentos estão com a outra pessoa. A moça dos cachorros não se doa aquela relação, deixando tudo na superficialidade, porque quando mais a fundo se vai em um relacionamentos maior é a decepção, maior é a queda, então é mais conveniente deixar tudo no raso, onde existe a zona de conforto e segurança.
       Mostram também que a conexão nunca te deixa só, por mais que você esteja sozinho num lugar, sempre se pode recorrer ao celular, onde você se resguarda daquele mundo que lhe é estranho e desconfortável. E ao mesmo tempo em que a internet te proporciona esse mundo infinito de possibilidades ela te cega pra outras tantas, aquela história do olhar sem ver. Como no filme, que o Martin e a Mariana se esbarram várias vezes e não se notam, por sempre se encontrarem na superficialidade. O que chama atenção, é que pros dois se encontrarem, precisam da internet pra se aproximarem, por mais que eles já tenham se visto várias vezes nunca tinham se conhecido. Contudo, a internet é um local seguro, e por isso eles conseguiram começar um relacionamento ali e a partir daí o trazer pra vida real.
       Assim, se pode observar que a internet aproxima as pessoas que tão longe e afastam as que tão perto. Porque todo mundo se encontra junto, mas também estamos com nossos celulares, nos deixando aparte de vários acontecimentos que se realizam ao nosso lado. 

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