Ao relacionar o filme “Medianeras” com o texto “Amor líquido”,
de Zygmunt Bauman, podemos perceber o quanto os atuais relacionamentos estão
acabando antes mesmo de passar pelo seu verdadeiro início. Hoje é possível
comparar a relação entre as pessoas com a rapidez em que a internet funciona.
Parece que a fase de sentimento – que é considerada uma das mais importantes –
não tem tanta necessidade, parece ser uma perda de tempo.
No texto de Bauman, a demonstração é feita a partir do uso
de aparelhos celulares. Duas pessoas passam a conversar bastante pelo celular,
e isso dá a entender que elas querem muito se encontrar pessoalmente, porém,
quando o dia finalmente chega, parece que são dois estranhos, o assunto
simplesmente acaba e o casal perde o encanto que parecia ser duradouro. O relacionamento
é fluido, sensível e frágil. Atualmente, as relações se iniciam virtualmente e
isso faz com que um saiba muito do outro, entretanto acabam não se conhecendo
de fato.
O filme “Medianeras” traz uma reflexão de como o virtual é
simples. Na internet é possível se livrar de tudo facilmente, apenas com um
clique, o que na vida real é diferente. As pessoas estão próximas, mas ao mesmo
tempo distantes. Um grupo de amigos está reunido, mas alguns estão presos ao
celular, conectados em outra rede de amigos. O filme também aborda a
necessidade das pessoas em exibir felicidade na internet. Nas redes sociais
todos são felizes porque, no momento de filtrar as informações, só é postado o
que elas querem que os outros saibam.
O vídeo acima faz com que a gente pense nas nossas atitudes. Existem dois lados, o ON e o OFF. De que lado você está?
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