sábado, 2 de março de 2013

CONHECENDO AS PESSOAS COM UM TOQUE ROBOTIZADO

O NOVO MUNDO - O MUNDO VIRTUAL




  Conectar ou desconectar? Eis a dúvida. Ao ler o estudo e assistir o filme, veio na minha mente, o que será o mundo daqui há 10anos? Conseguiremos sobreviver nessa nova vida? E o tocar, será substituído por mãos robotizadas? Tanto o estudo de Bauman e Medianeras, tem uma junção, e nessa junção serve de alerta para todos nós. Amor líquido relata o seguinte: 

"Aos que se mantêm a parte, os celulares permitem permanecer em contato. Aos que permanecem em contato, os celulares permitem manter-se à parte..." 

  E assim o filme interliga totalmente a realidade e o perigo que enfrentamos justamente com que Bauman diz.

  Durante o filme, comecei a enxerga coisas de cotidianos. Todo mundo passa por pessoas desconhecidas nas ruas e ninguém olha um para o outro. E claro, viver profundamente ao trabalho, esquecendo-se do que é o mais importante, viver. No filme, uma cena me chamou atenção. Um cachorro. Ao ver seu dono trabalhar arduamente e viver conectado em um mundo que os animais não possam ter a internet, o pobre cachorro se suicida ao se jogar de uma varanda, pois, simplesmente, o cachorro fica sempre ali, naquele espaço, sem nenhum contato com outros animais e preferiu sair da solidão e definir seu rumo, a morte. 

  Nós jovens antigamente se reunimos em praças públicas, encontro em shoppings, festas e etc. E hoje, escolhemos vivenciar através de facebooks, twittes, whatsapp e por ai vai. Por isso, segundo estudos, as doenças como depressão e obesidade serão maiores do que é hoje, por iniciarmos essa rotina que vem passando de geração a geração.



  Outra cena interessante no filme. Martin, ao vivenciar profundamente no mundo virtual, ele escolheu um dia para sair com sua cachorrinha Susu. E todo desconcertado, não conseguia galantear a adestradora de cães que a conheceu na porta de sua casa e em uma praça. Já Mariana, demonstra tanta a solidão, que a necessidade de ficar conectado e trabalhar exageradamente, fez com que ela perdesse o contato real com pessoas, e seu ex-namorado e chegar ao ponto de fazer sexo com um manequim. Tanto Martin e Mariana serem vizinhos, não precisavam ter grandes obstáculos, apenas um computador os separavam. Como em um trecho de Bouman, que a solidão, não precisa ter obstáculos no caminho, apenas compartilhar em um celular já interliga o eu e você (no filme, Martin e Mariana).

“A solidão por trás da porta fechada de um quarto com um telefone celular à mão pode parecer uma condição menos arriscada e mais segura do que compartilhar o terreno doméstico comum.”

“... a proximidade virtual ostenta características que, no líquido mundo moderno, podem ser vistas, com boa razão, como vantajosas, mas que não podem ser facilmente obtidas sob as condições daquele outro tête-à-tête, não virtual...”.


  Se acontecer de viver em um mundo dessa forma, vamos ser igual à Mariana com seu livro (cena do filme). Ela consegue ver pessoas das quais nem sabe quem são. Mesmo com uma lupa, ela continua a procurar a última pessoa (teoricamente seu amor) do livro, mas não consegue. E simplesmente a última pessoa estava praticamente do seu lado, a 200 metros. E assim ela consegue a última pessoa do seu livro e seu amor, mas para isso, ela tinha que ser tocada por uma mão robotizada, o mundo virtual.





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