terça-feira, 5 de março de 2013

Como (não) se sentir próximo












O filme “Medianeras: Buenos Aires da Era do Amor Virtual” conta a história de dois jovens que sofrem com a solidão urbana em um mundo hiperconectado. Ele mostra uma nova realidade do século XXI: o refúgio no mundo virtual. Os dois jovens do filme se questionam continuamente sobre esse comportamento:

"Tantos quilômetros de cabo servem para nos unirmos ou para nos deixar em nosso lugar?" 

Os dois personagens se esbarram em vários cantos de Buenos Aires durante o filme, mas, muitas vezes, nem mesmo chegam a se ver. Segundo o sociólogo Bauman, em seu livro "Amor líquido", evitamos nos conectar no mundo real, pois quanto mais profundas e densas nossas ligações, maiores são os seus riscos. Com o mundo digital, Bauman afirma que:

"Cada conexão pode ter vida curta, mas seu excesso é indestrutível. Em meio à eternidade dessa rede imperecível, você pode se sentir seguro diante da fragilidade irreparável de cada conexão singular e transitória."


Em meio a tantos riscos no mundo real, melhor evitar fazer contatos nele, não é mesmo?













Certamente, as conexões no mundo virtual podem ser úteis, mas elas não podem ser consideradas as únicas de que precisamos. As conexões no mundo real, apesar da pressão e das dificuldades que existe em torno delas, são essenciais para que nos sintamos completos. 

O filme mostra bem como essas conexões virtuais não nos fazem se sentir completos. A lição que fica é a de que precisamos correr o risco de nos envolver no mundo real para que possamos ter o ganho de criarmos conexões verdadeiras.




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