Martin, designer preso a seu próprio mundo, atento
às transformações sociais de sua cidade, crítico ao extremo do modo de vida
moderno, mas, vejam vocês, extremamente dependente da “vida virtual” e suas
maravilhas. Mariana, arquiteta frustrada
com quase tudo na vida também é crítica, analisa o mundo por um lado bem
particular que mistura arquitetura e decepções amorosas e sexuais. Martin segue
seus instintos masculinos e tenta o mínimo de contato social, já Mariana é
menos sociável.
“A realização mais
importante da proximidade virtual parece ser a separação entre comunicação e
relacionamento. Estar conectado é menos custoso do que estar engajado".
Duas
pessoas presas a solidão em Buenos Aires, duas pessoas quase iguais. Vivem na mesma quadra, em
apartamentos um de frente para o outros, mas nunca se encontraram. São quase
complementares. Ela sobe as escadas, ele desce a escada, ele entra no ônibus,
ela desce do ônibus. Eles se cruzam sem saber da existência um do outro. A cidade que os coloca juntos é a mesma que os
separa.
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