sábado, 23 de fevereiro de 2013

A Primavera Árabe


Quando pensamos em Primavera, qual a primeira imagem que nos vem à cabeça? Talvez um campo colorido com verde e diversas outras cores, casais namorando, passarinhos voando. Pelo menos essa é a imagem que víamos representando a Primavera nos desenhos animados durante nossa infância e até hoje.
Porém a Primavera Árabe passa muito longe dessas imagens coloridas. Na realidade a cor se resume ao vermelho, tom que pode significar muitas coisas, desde o amor até o perigo, mas que na Primavera Árabe representa o sangue.
Tudo começou em 2010, quando um jovem tunisiano ateou fogo ao próprio corpo como forma de protesto à situação vivida em seu país.



O ato de desespero do rapaz, que estava desempregado, acabou desencadeando uma onda de protestos que pôs fim a uma das ditaduras mais longas do mundo árabe e deu início à Primavera Árabe.

Com o sucesso das manifestações na Tunísia outras revoltas se instauram em diversos países, em especial no Egito, que vivia situação semelhante à da Tunísia, com uma ditadura rígida e duradoura. Após meses de disputas e uma total paralisação do país, o ditador Hosni Mubarak renunciou ao cargo, mas os protestos continuam até hoje para que os militares que, que apoiaram Mubarak, parem de interferir no governo.



Porém, talvez o caso mais conhecido seja o do ex-ditador líbio Muamar Gadafi, que estava no poder desde 1969. No caso da Líbia se viu com abundância o tom vermelho que comentei no início do texto, já que Gadafi estava determinado a não abrir mão do poder e reprimiu com violência os protestos, matando milhares de pessoas e dando origem a uma guerra civíl. Essa atitude foi reprovada pela comunidade internacional e destruiu toda a credibilidade que o ex-ditador tinha (que já não era muita). A partir daí houve uma intervenção da OTAN e com sua ajuda os rebeldes foram, aos poucos, dominando o país culminando na captura e morte por espancamento de Muamar Gadafi (o que não foi uma imagem bonita de se ver).



Também seguindo o exemplo dos países vizinhos, os iemenitas conseguiram, após fortes protestos, depor Ali Abdullah Saleh. Dentre essas manifestações houve até mesmo um atentado que fez o ex-ditador sair do país temporariamente para fazer um tratamento.

Outros países vivem intensos protestos e muitos já conseguiram algumas mudanças, mas tudo indica que a Primavera Árabe vai durar mais algumas estações.




CURIOSIDADE
Um grande aliado dos rebeldes nos protestos foram as redes sociais, elas empenharam um papel fundamental na luta contra as repressões. Com a utilização da web foi possível a propagação dos acontecimentos para o ocidente. Sem as redes sociais as coisas teriam sido bem diferentes.




Para entender um pouco melhor sobre o assunto, indico o programa feito pela TV Cultura. O Vídeo é um pouco longo, mas muito bom.



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