quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O REAL em tempos de VIRTUALIDADE

  

       A internet estabeleceu um novo espaço e tempo de interação social, dentro dos quais emergem formas novas e diferenciadas de sociabilidade, é uma rede onde todos estão ligados e se comunicam. Muitos dizem que ela transformou as relações entre as pessoas. Ou talvez  que ela limita a vida real das pessoas.  

     Quantos 'amigos' você possui em seu facebook? Aliás, é bom que você tenha um facebook, o mundo atual exige isso de você. Caso contrário será visto como antissocial por todos. Mas será que  antissociais não seriam justamente essas pessoas que deixam de sair  pra se divertir e viver a realidade,  para ficar em casa, grudada a um computador? Conversando por inbox enquanto poderiam falar pessoalmente?
Voltando a primeira pergunta, agora imagina quantos desses 'amigo' você mantêm contato fora do facebook? 

         É, tenho certeza que esse número reduziu consideravelmente. 

       Pois é, estamos em um mundo em que o virtual se mistura ao real, e muitas vezes não conseguimos separar as duas coisas. O virtual é necessário, mas o real é imprescindível. Difícil fica quando as pessoas trocam as funções. 

       


  

         À respeito dessa questão real vs virtual, Pierri Levy diz:

O virtual é uma nova modalidade de ser, cuja compreensão é facilitada se considerarmos o processo que leva à ele: a virtualização.  Assim, uma semente é uma árvore em potência, que se atualiza no momento em que se transforma em árvore. Levy, considerando esta análise insuficiente para dar conta da questão da virtualização, passa a utilizar a distinção elaborada por Deleuze entre possível e virtual

" O possível associa-se ao real, na medida em que aquele é este sem a existência. A realização, passagem do possível para o real, portanto, não envolve nenhum ato criativo. A diferença entre possível e real reside no plano da lógica, consistindo em um mero quantificador existencial."


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