segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Solidão tecnológica


Vivemos hoje, na era das relações superficiais, onde você está conectado 24hrs com todo mundo, por celular, internet e meios de comunicação, mas vive a solidão. Uma realidade que já faz parte do cenário do cotidiano e é vista como natural por todos. Isso traz uma angustia ao individuo, pois ao mesmo tempo em que se encontra cercado de pessoas, não tem com nenhuma delas uma relação que seja de envolvimento, ou que represente um compromisso, uma obrigação para com o outro.
O texto do Bauman trata sobre isso, essas relações virtuais da nova Era e os seus efeitos negativos causados na sociedade. A sociedade do mundo moderno dá mais importância a quantidade de relacionamentos do que a qualidade deles. As pessoas vivem um medo constante da solidão, mas a pesar de muitos amigos virtuais não se aproximam ou se envolvem com nenhum deles.  
O filme “Medianeras” ilustra essa realidade que as novas tecnologias trouxeram. Ele relata a vida de dois jovens argentinos que vivem uma “solidão urbana”. O personagem Martin faz tudo pela internet: pede comida, viaja, compra moveis, conhece pessoas e trabalha criando sites, ou seja, trabalha no computador. Em uma parte do filme ele fala: “a internet me aproximou do mundo, mas me distanciou da vida.” Essa frase retrata completamente a solidão vivida pelas pessoas de hoje em dia, que passam horas no computador e quando saem se trancam em seus quartos com o telefone celular na mão, para ter a sensação de estar sempre disponível e nunca sozinho. 
O texto e o filme se complementam, ilustram essa realidade do mundo moderno que trouxe muitos benefícios e facilidades, mas deixou uma lacuna nas relações sociais.

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Maira Gall