quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Amor Líquido x Medianeras


Para o ser humano, a sua relação com conexão, mundo virtual, seu computador, celular é mais confortável. Depois da existência e expansão deste aspecto, as pessoas passaram a ter mais medo de relações presenciais, pânico de situações onde é necessário conhecer alguém, falar com um desconhecido ou até mesmo com um conhecido. Tudo por conta de que, por trás da tela do seu computador, é mais fácil. Não é necessário olhar ninguém no olho, você está no controle, só acontece o que se quer que aconteça. Fora isso, existe a preguiça e acomodação. 
No filme Medianeiras, estes aspectos estão bem evidentes. O pânico de ambos os personagens em relação o mundo, principalmente o principal, e sua segurança com a internet é algo que acontece até com mais frequência do que se seria aceito. A facilidade de comunicação com as pessoas não significa que se tenha algum tipo de essência. Na maioria das vezes, é superficial e passageira. “Não importa onde você está, quem são as pessoas à sua volta e o que você está fazendo nesse lugar onde
estão essas pessoas.” É como se a sua vida passasse diante dos seus olhos, mas na verdade, a sua vida, ilusoriamente, está acontecendo online. “A diferença entre um lugar e outro, entre um e outro grupo de pessoas ao alcance de sua visão e de seu toque, foi suprimida, tornou-se nula e vazia.” Assim como tem seu ponto positivo de entrar em contato com alguém distante, como no filme mostra o ator principal e sua namorada, que mora nos Estados Unidos, há uma controvérsia, pois nem mesmo a vizinha dele era do seu conhecimento. Os dois se conheceram na internet, pela força do acaso, mas não pessoalmente. Um fato que, atualmente, é o mais comum, infelizmente, de se acontecer. As relações, por mais íntimas que sejam, não conseguem ser pessoais o bastante. Não há o contato. Não há a interação olho no olho. Há uma separação virtual que, por conta do medo e insegurança, tanto dos personagens do filme quanto das pessoas adeptas dessa filosofia de vida, se torna mais confortável. “...você pode se sentir seguro diante da fragilidade irreparável de cada
conexão singular e transitória.”

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