quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

O virtual sempre será real


Nos tempos atuais, a informática invadiu a vida dos indivíduos, seja no trabalho, nas viagens, em casa, em um passeio com os amigos e até mesmo nas compras. Será que vivemos no mundo sem depender das tecnologias da informática?  A referida obra do autor Pierre Levy fala sobre uma nova possibilidade de vivência: a virtualização. Mas, essa virtualização é boa ou ruim? Isso é uma questão bastante discutida no livro “O que é o virtual?”. Nele, o autor descreve a diferença entre o virtual e o atual, afirmando que juntos formam o real. Para o autor, o real é possivelmente realizado, e, em compensação, o atual é virtualmente atualizado, sem chegar a uma concretização efetiva. "O virtual não se opõe ao real, mas sim ao atual" (LEVY, 1996, p. 18). Levy fala ainda sobre o real e a virtualização em comparação com o atual e o virtual. Ele concluiu, pois, que o real tem limitações claras, é observável, já a virtualização tem pensamento apoiado em definições e determinações; a virtualização é “heterogênese”, ou seja, é a produção de algo novo e inusitado em nossa vida.

Para Gilles Deleuze (1925-1995), filósofo francês citado por Pierre Levy em sua obra, o virtual também se distingue do possível, uma vez que este último está totalmente construído, permanecendo no esquecimento, em um estado de indecisão, preparando-se para se tornar real; não teria, portanto, a criatividade nata do virtual.
Tecnicamente, a virtualização é uma representação numérica digital de objetos, de fenômenos e de processos do mundo real e, o produto da virtualização são objetos virtuais que têm existência em um espaço eletrônico, o qual é recriado pelo ser humano através do computador. Virtual, para Pierre, deve ser considerado, portanto, como algo que existe em potência. Dessa forma, podemos concluir que o virtual é real, ou seja, é a possibilidade de uma "coisa" se atualizar e se tornar um fato concreto.

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