Nos tempos atuais, a informática invadiu a vida dos indivíduos, seja no
trabalho, nas viagens, em casa, em um passeio com os amigos e até mesmo nas
compras. Será que vivemos no mundo sem depender das tecnologias da informática?
A referida obra do autor Pierre Levy
fala sobre uma nova possibilidade de vivência: a virtualização. Mas, essa virtualização
é boa ou ruim? Isso é uma questão bastante discutida no livro “O que é o virtual?”. Nele, o autor descreve a
diferença entre o virtual e o atual, afirmando que juntos formam o real. Para o autor, o real é possivelmente realizado, e, em
compensação, o atual é virtualmente atualizado, sem chegar a
uma concretização efetiva. "O virtual
não se opõe ao real, mas sim ao atual" (LEVY, 1996, p. 18). Levy
fala ainda sobre o real e a virtualização em comparação com o atual e o virtual. Ele concluiu, pois, que o real tem limitações claras, é observável, já a virtualização tem pensamento apoiado em definições e determinações;
a virtualização é “heterogênese”, ou
seja, é a produção de algo novo e inusitado em nossa vida.
Para Gilles Deleuze (1925-1995), filósofo francês citado por Pierre Levy
em sua obra, o virtual também se
distingue do possível, uma vez que este
último está totalmente construído, permanecendo no esquecimento, em um estado
de indecisão, preparando-se para se tornar real;
não teria, portanto, a criatividade nata do virtual.
Tecnicamente, a virtualização
é uma representação numérica digital de objetos, de fenômenos e de processos do
mundo real e, o produto da virtualização
são objetos virtuais que têm existência em um espaço eletrônico, o qual é
recriado pelo ser humano através do computador. Virtual, para Pierre, deve ser considerado, portanto, como algo que
existe em potência. Dessa forma, podemos concluir que o virtual é real, ou seja,
é a possibilidade de uma "coisa" se atualizar e se tornar um fato
concreto.
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