segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Filme "Medianeras"


Análise do Filme Medianeras ligado ao texto “Amor Liquido” de Zygmunt Bauman.

Ao buscar a sinopse do filme, encontramos trecho “O diretor Gustavo Taretto explica que quis retratar uma solidão que não é dramática, mas ‘uma solidão a que já estamos acostumados. De todos os dias. Solidão urbana. A solidão que sentimos quando estamos rodeados de desconhecidos’".
É por conta dessa solidão com a qual estamos “acostumados”, que Bauman explica em seu texto o porquê de sermos a era das relações superficiais, onde se vê, mas não se enxerga o próximo.

Bauman diz (...)“Estando com seu celular, você nunca está fora ou longe.”, e isso podemos ver perfeitamente no filme onde o personagem Martin diz que consegue resolver sua vida inteira pelo computador, seu objeto de trabalho: pede comida, conhece pessoas, viaja o mundo, paga contas, compra móveis e até mesmo diagnostica todas as suas doenças com apenas um clique.
Esse tipo de intimidade com a tecnologia acaba por quebrar a intimidade pessoal, fazendo com que preferimos falar online (como terminar uma relação ou ter uma discussão) do que ao vivo.
Bauman também diz que “Conexões são rochas em meio a areias movediças.”, o que significa que o conhecido é o seguro, e quando a confiança com o que é seguro é quebrada, muitas vezes existem traumas (como o dos dois personagens, já que ambos perderam a confiança e a segurança no companheiro(a)), e esses traumas são refletidos em Martin e Mariana, fazendo com que eles se acostumem com a solidão diária de uma cidade superpopulosa.

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