Se pararmos para pensar, muitas são as semelhanças que
conseguimos encontrar entre o filme Medianeras e o texto “Amor Líquido”, de Bauman.
Mas, se
tem uma que me chamou a atenção logo de cara foi o fato de que: é verdade, nós
não conhecemos os nossos vizinhos. E eu não vou ser tão “ousada” como o filme
foi, ao mostrar duas pessoas que moram em prédios vizinhos e não se conhecem:
não conhecemos nem mesmo as pessoas que moram no nosso mesmo prédio.
Quantas
vezes você desceu no elevador com seu vizinho de cima e nem se quer deu um bom
dia para ele, por se tratar de um completo estranho?
E as semelhanças não param por
aí. Será que podemos perceber algo em comum com o estilo de vida de Martin que
leva e o nosso dia-a-dia?
Não diria que vivemos nas mesmas proporções, mas, quantos de nós, assim como o protagonista, não temos uma interação social
melhor pela internet que pessoalmente? Ligar para pedir comida hoje em dia?
Acho que nem sei quando foi a última vez que fiz isso. Hoje em dia, faço tudo
pela internet. Sem contar que assistimos filmes pela internet, conversamos pela internet e, ok, muitos de
nós até fazemos sexo virtualmente.
Medianeras é um exemplo vivo de
que o mundo real está cada vez mais sendo engolido pelo virtual, e que, se a
gente não tomar cuidado, em breve toda a nossa vida será vivida através da tela de computador.
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