quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Medianeras e Amor Liquido



Que tal desconectar para conectar? Acho que esse o objeto de estudo do livro da Bauman e o filme Argentino, os dois trazem questionamentos dos nossos atuais costumes quando se trata de conexões com o mundo virtual, o que está deixando de ser virtual e passando a interferir no nosso cotidiano? Conseguimos sobreviver somente no mundo virtual? Estamos trocando relações de cara a cara por relações “skypianas” ou “facebooquianas”?

Pra quem conseguiu assistir o filme deve ter se questionado, pelo menos em algum minuto, se a sua vida tinha algo a ver com o personagem principal Martin, homem com fobia de ser humano que mora em um minúsculo apartamento da caótica Buenos Aires com sua cachorrinha Susu e que se isola do mundo. Eu me perguntei, se os questionamentos colocados no livro Amor Liquido, onde afirma que não conseguimos ficar longe do nosso celular, que o levamos para todos os lugares, coisa que vale ressaltar, ele escreve em 2003, antes mesmo do boom da conexão móbile, se pareciam com minha vida, canso se ficar na fila do banco e pegar meu celular, ou quando estou esperando alguma amiga no meu bar favorito, aquele aparelho tão cheio de funções não me deixa só, nem muito menos constrangida por estar num bar sozinha esperando alguém, me sinto salva, ótima pedida pros tímidos, coisa que não é o meu caso.

Vamos seguindo, com nossos hábitos, com nossos novos costumes, confraternizando com quem mesmo longe se parece tão perto. Diziam que com a chegada da televisão o rádio iria acabar, com a chegada da internet a televisão iria acabar, e agora com a disseminação da internet mobile vai acabar as relações pessoais, dando origem a relações somente virtuais. Particularmente acho muito futurista, não vejo, pelo menos com meus amigos, alguém deixando de sair pra ficar na frente do computador confraternizando com outros seres virtuais. Vejo sim pessoas saindo e compartilhando momentos com quem ali não estão, porém só resta esperar pra saber onde tudo isso vai terminar. 
Filomena França

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